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Relatório detecta US$ 4,5 milhões em desvios na Copa América

Os membros do conselho de presidentes da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) receberam nesta sexta-feira uma cópia do documento


	Copa América: o documento recomenda a realização de uma "auditoria" do dinheiro repassado ao Comitê Organizador Local
 (Friedemann Vogel/Getty Images)

Copa América: o documento recomenda a realização de uma "auditoria" do dinheiro repassado ao Comitê Organizador Local (Friedemann Vogel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 14h00.

Santiago do Chile - Um relatório elaborado pela Federação Chilena de Futebol detectou várias irregularidades na organização da Copa América no país neste ano e a existência de cerca de US$ 4,5 milhões cujo destino se desconhece.

Os membros do conselho de presidentes da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) receberam nesta sexta-feira uma cópia do documento, elaborado pelo advogado Ramiro Mendoza, ex-procurador-geral do Chile, informou a imprensa local.

Apesar do conteúdo do relatório ser confidencial, trechos divulgados pela imprensa indicam que o documento recomenda a realização de uma "auditoria" do dinheiro repassado ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa América disputada no Chile.

O documento também pede uma investigação sobre as finanças da ANFP durante a gestão do ex-presidente Sergio Jadue, que no mês passado se entregou à Justiça dos Estados Unidos após admitir que recebeu subornos na venda dos direitos televisivos da Copa América até 2023.

"O relatório recomenda que, a partir desse diagnóstico, se faça uma auditoria rigorosa e clara de todas as contas da ANFP, não só as da Copa América", disse em comunicado Jaime Estévez, ex-presidente da Universidad Católica e integrante da comissão que foi criada para esclarecer os gastos na organização do torneio.

Um dos presidentes de clube que recebeu uma cópia do relatório disse ao jornal "La Tercera" que US$ 4,5 milhões sumiram. O destino do dinheiro deverá ser investigado por outra comissão.

Segundo Estévez, a principal conclusão do relatório é que "não existiu uma gestão adequada dos recursos pela ausência de controles financeiros e contábeis".

René Rosas, que ocupou o cargo de diretor-executivo do COL, foi demitido no fim de novembro da ANFP, órgão do qual era gerente de competições.

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