Relação entre EUA e Rússia vive um de seus piores momentos
O caso Snowden é o mais recente de uma série de problemas que provocam tensão no relacionamento dos dois países
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 12h39.
Moscou - O caso Snowden, que levou o presidente americano, Barack Obama , a cancelar uma reunião em Moscou com o colega russo, Vladimir Putin , é o mais recente de uma série de problemas que provocam tensão na relação entre os dois países.
O cancelamento do encontro bilateral entre os dois chefes de Estado é um fato sem precedentes desde o fim da Guerra Fria e o gesto poderia ser considerado pelo Kremlin uma falta de respeito com Putin, em um país muito apegado ao protocolo.
Obama, no entanto, não cancelou a participação na reunião do G20 prevista para 5 e 6 de setembro na cidade russa de São Petersburgo. O presidente americano pretendia viajar antes do encontro a Moscou para a reunião com Putin.
A Casa Branca citou "a falta de avanços" em várias questões como o escudo antimísseis, a corrida nuclear, o comércio e os direitos humanos para justificar a anulação do encontro.
"Todos os sinais mostram que as relações entre Washington e Moscou tendem a um sério esfriamento", declarou à AFP a analista russa do Centro Canergie Lilia Chevtsova, que destacou a dificuldade para aproximar posições em vários temas.
O cancelamento da reunião bilateral acontece uma semana depois de Moscou conceder asilo temporário ao fugitivo americano Edward Snowden , ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana que revelou o vasto programa de vigilância das telecomunicações do governo dos Estados Unidos.
O anúncio do asilo irritou especialmente Washington, que não foi informado, apesar da cooperação entre os diretores dos serviços de segurança russos e americanos para desbloquear a situação a pedido de Putin e Obama.
O caso Snowden é apenas um de uma longa lista de divergências entre Estados Unidos e Rússia desde o retorno ao Kremlin de Vladimir Putin, em maio de 2012, para um terceiro mandato presidencial.
"O caso Snowden é simplesmente um pretexto para anular a visita de Obama a Moscou", afirma o jornal russo Kommersant, que cita uma fonte do Kremlin.
"Os americanos evitam as negociações importantes. Sua atitude terá inevitavelmente consequências políticas", completa a mesma fonte.
No plano internacional, Rússia e Estados Unidos mostram posições muito distantes, em especial a respeito da Síria. A recusa de Moscou de interromper a cooperação com o regime de Bashar al-Assad é muito criticada pelos ocidentais e pelas ONGs de defesa dos direitos humanos.
"Todas estas questões complicaram as relações a tal ponto que Putin e Obama não teriam nada a conversar no encontro bilateral", disse Chevtsova.
"Um encontro entre os dois presidentes poderia ter tido resultado", afirmou no entanto Alexei Puchkov, presidente da comissão das Relações Exteriores da Duma (câmara baixa do Parlamento russo).
Washington está especialmente irritado por não ter recebido nenhuma resposta construtiva de Moscou à proposta de Obama de abrir uma nova rodada de negociações sobre a redução de armamento, uma prioridade para o presidente americano, segundo uma fonte ligada ao caso.
Como consequência, Obama poderia dar menos importância às relações com a Rússia em seu segundo mandato, que terminará em janeiro de 2017, afirma a fonte.
Moscou - O caso Snowden, que levou o presidente americano, Barack Obama , a cancelar uma reunião em Moscou com o colega russo, Vladimir Putin , é o mais recente de uma série de problemas que provocam tensão na relação entre os dois países.
O cancelamento do encontro bilateral entre os dois chefes de Estado é um fato sem precedentes desde o fim da Guerra Fria e o gesto poderia ser considerado pelo Kremlin uma falta de respeito com Putin, em um país muito apegado ao protocolo.
Obama, no entanto, não cancelou a participação na reunião do G20 prevista para 5 e 6 de setembro na cidade russa de São Petersburgo. O presidente americano pretendia viajar antes do encontro a Moscou para a reunião com Putin.
A Casa Branca citou "a falta de avanços" em várias questões como o escudo antimísseis, a corrida nuclear, o comércio e os direitos humanos para justificar a anulação do encontro.
"Todos os sinais mostram que as relações entre Washington e Moscou tendem a um sério esfriamento", declarou à AFP a analista russa do Centro Canergie Lilia Chevtsova, que destacou a dificuldade para aproximar posições em vários temas.
O cancelamento da reunião bilateral acontece uma semana depois de Moscou conceder asilo temporário ao fugitivo americano Edward Snowden , ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana que revelou o vasto programa de vigilância das telecomunicações do governo dos Estados Unidos.
O anúncio do asilo irritou especialmente Washington, que não foi informado, apesar da cooperação entre os diretores dos serviços de segurança russos e americanos para desbloquear a situação a pedido de Putin e Obama.
O caso Snowden é apenas um de uma longa lista de divergências entre Estados Unidos e Rússia desde o retorno ao Kremlin de Vladimir Putin, em maio de 2012, para um terceiro mandato presidencial.
"O caso Snowden é simplesmente um pretexto para anular a visita de Obama a Moscou", afirma o jornal russo Kommersant, que cita uma fonte do Kremlin.
"Os americanos evitam as negociações importantes. Sua atitude terá inevitavelmente consequências políticas", completa a mesma fonte.
No plano internacional, Rússia e Estados Unidos mostram posições muito distantes, em especial a respeito da Síria. A recusa de Moscou de interromper a cooperação com o regime de Bashar al-Assad é muito criticada pelos ocidentais e pelas ONGs de defesa dos direitos humanos.
"Todas estas questões complicaram as relações a tal ponto que Putin e Obama não teriam nada a conversar no encontro bilateral", disse Chevtsova.
"Um encontro entre os dois presidentes poderia ter tido resultado", afirmou no entanto Alexei Puchkov, presidente da comissão das Relações Exteriores da Duma (câmara baixa do Parlamento russo).
Washington está especialmente irritado por não ter recebido nenhuma resposta construtiva de Moscou à proposta de Obama de abrir uma nova rodada de negociações sobre a redução de armamento, uma prioridade para o presidente americano, segundo uma fonte ligada ao caso.
Como consequência, Obama poderia dar menos importância às relações com a Rússia em seu segundo mandato, que terminará em janeiro de 2017, afirma a fonte.