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Reino Unido se sairá melhor em uma UE reformada, diz Cameron

Em discurso hoje na Câmara dos Comuns, Cameron tentou persuadir os deputados eurocéticos sobre as vantagens do plano apresentado em Bruxelas

Brexit: "Acredito que teremos mais sucesso como país dentro de uma Europa reformada" (Toby Melville / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 13h35.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, afirmou nesta quarta-feira no parlamento que o Reino Unido terá "mais sucesso como país dentro de uma Europa reformada" e considerou boas as propostas da minuta da UE sobre suas exigências.

Em discurso hoje na Câmara dos Comuns, Cameron tentou persuadir os deputados eurocéticos sobre as vantagens do plano apresentado em Bruxelas pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que busca chegar a um acordo na próxima cúpula europeia, dias 18 e 19 de fevereiro.

"Acredito que teremos mais sucesso como país dentro de uma Europa reformada, e isso será bom para o emprego, o investimento e o crescimento. E é por isso que estou lutando", manifestou o primeiro-ministro britânico, que acrescentou que, se alcançarem o consenso, ele será "legalmente vinculativo e irreversível".

Cameron esclareceu que, diante da convocação do referendo - que ele prometeu realizar em 2017 durante a campanha eleitoral - sobre a permanência ou a saída do Reino Unido da UE, a questão não é debater se este país seria capaz de sobreviver fora do bloco comunitário, mas a pergunta chave é: "Como teremos mais sucesso?".

O líder 'tory' considerou, em uma declaração lida no parlamento de Westminster, que a minuta apresentada ontem por Tusk deixa claro que o Reino Unido "nunca fará parte do euro, da zona de Schengen, nem terá que enfrentar resgates a países da zona do euro".

Também se pronunciou sobre o ponto mais polêmico das reformas exigidas por Londres, o relativo à imigração, e disse que, segundo o texto, "as pessoas que chegarem ao Reino Unido vindas de países da UE terão que esperar quatro anos até poder ter acesso completo ao sistema britânico de subsídios sociais".

O primeiro-ministro reconheceu que "ainda é necessário fazer mais para controlar a migração de fora da UE, mas também a que vem de dentro" e, para ele, a minuta inclui medidas para "cortar" as rotas existentes de entrada no Reino Unido.

Em outro momento do discurso, Cameron ressaltou que para o Reino Unido está "absolutamente claro que manterá a libra esterlina para sempre".

Sobre esse ponto, indicou que a proposta de Bruxelas "leva a uma série de princípios que protegem um mercado único para o Reino Unido, e que incluem uma cláusula de que o país nunca terá que voltar a resgatar países da zona do euro".

Ele destacou, além disso, que se alcançarem um acordo, as reformas seriam "vinculativas dentro da legislação internacional e irreversíveis". "Se não podemos garantir estas mudanças, não descarto nada", reforçou.

Cameron confia que os outros 27 membros da UE aprovarão as propostas para poder convocar o referendo sobre a permanência ou saída do Reino Unido da UE, apelidado de "brexit", possivelmente em junho.

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Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, afirmou nesta quarta-feira no parlamento que o Reino Unido terá "mais sucesso como país dentro de uma Europa reformada" e considerou boas as propostas da minuta da UE sobre suas exigências.

Em discurso hoje na Câmara dos Comuns, Cameron tentou persuadir os deputados eurocéticos sobre as vantagens do plano apresentado em Bruxelas pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que busca chegar a um acordo na próxima cúpula europeia, dias 18 e 19 de fevereiro.

"Acredito que teremos mais sucesso como país dentro de uma Europa reformada, e isso será bom para o emprego, o investimento e o crescimento. E é por isso que estou lutando", manifestou o primeiro-ministro britânico, que acrescentou que, se alcançarem o consenso, ele será "legalmente vinculativo e irreversível".

Cameron esclareceu que, diante da convocação do referendo - que ele prometeu realizar em 2017 durante a campanha eleitoral - sobre a permanência ou a saída do Reino Unido da UE, a questão não é debater se este país seria capaz de sobreviver fora do bloco comunitário, mas a pergunta chave é: "Como teremos mais sucesso?".

O líder 'tory' considerou, em uma declaração lida no parlamento de Westminster, que a minuta apresentada ontem por Tusk deixa claro que o Reino Unido "nunca fará parte do euro, da zona de Schengen, nem terá que enfrentar resgates a países da zona do euro".

Também se pronunciou sobre o ponto mais polêmico das reformas exigidas por Londres, o relativo à imigração, e disse que, segundo o texto, "as pessoas que chegarem ao Reino Unido vindas de países da UE terão que esperar quatro anos até poder ter acesso completo ao sistema britânico de subsídios sociais".

O primeiro-ministro reconheceu que "ainda é necessário fazer mais para controlar a migração de fora da UE, mas também a que vem de dentro" e, para ele, a minuta inclui medidas para "cortar" as rotas existentes de entrada no Reino Unido.

Em outro momento do discurso, Cameron ressaltou que para o Reino Unido está "absolutamente claro que manterá a libra esterlina para sempre".

Sobre esse ponto, indicou que a proposta de Bruxelas "leva a uma série de princípios que protegem um mercado único para o Reino Unido, e que incluem uma cláusula de que o país nunca terá que voltar a resgatar países da zona do euro".

Ele destacou, além disso, que se alcançarem um acordo, as reformas seriam "vinculativas dentro da legislação internacional e irreversíveis". "Se não podemos garantir estas mudanças, não descarto nada", reforçou.

Cameron confia que os outros 27 membros da UE aprovarão as propostas para poder convocar o referendo sobre a permanência ou saída do Reino Unido da UE, apelidado de "brexit", possivelmente em junho.

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