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Reino Unido se expõe a multas se não contribuir com UE

Reino Unido se expõe a multas caso se recuse a pagar a contribuição para o orçamento europeu em 1º de dezembro

O premiê britânico David Cameron: país não tem intenção de pagar os 2,1 bilhões de euros cobrados pela UE (Lynne Cameron/Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 12h06.

Bruxelas - O Reino Unido se expõe a multas caso se recuse a pagar a contribuição para o orçamento europeu em 1º de dezembro, como anunciou o primeiro-ministro britânico David Cameron na sexta-feira, ao criticar o aumento da cota de 2,1 bilhões de euros.

"A lei impõe aos Estados repassar suas contribuições ao orçamento europeu em 1º de dezembro. Se o Estado não faz isto, a Comissão pode aplicar multas", afirmou o comissário do Orçamento, Jacek Diminik, que se declarou surpreso com a reação de Cameron.

O Reino Unido não tem intenção de pagar os 2,1 bilhões de euros cobrados por Bruxelas, afirmou Cameron na sexta-feira, manifestando sua revolta com a reavaliação da contribuição britânica.

"Não vou pagar esta fatura em 1º de dezembro", afirmou Cameron em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, ao final da cúpula dos líderes da UE.

"Estou revoltado", acrescentou, anunciando que os ministros da Economia europeus terão uma reunião de emergência para tratar do assunto.

A Comissão Europeia reavaliou as contribuições de Londres e Amsterdã como resultado de seu crescimento econômico e de novos parâmetros para o cálculo do PIB, que incluem atividades da economia informal, como o tráfico de drogas e a prostituição.

Bruxelas pede ao governo britânico uma contribuição adicional ao orçamento comunitário de 2,1 bilhões de euros e ao governo holandês de 642 milhões.

Em troca, foram reduzidas as contribuições da Espanha, de 168,9 milhões; da França, de 1,27 bilhão e da Alemanha, de 779 milhões de euros.

A notícia deve ser mal recebida pela opinião pública britânica, particularmente eurocética. De olho nas eleições gerais de 2015, Cameron prometeu recuperar os poderes concedidos à UE no passado e convocar um referendo sobre a permanência do Reino Unido no bloco em 2017.

Jeroen Dijsselbloem, ministro da Economia holandês e atual presidente do Eurogrupo - instância que reúne os titulares das Finanças dos 18 países da zona do euro -, disse que a nova contribuição "é uma surpresa muito desagradável".

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, por sua vez, explicou que se trata de um exercício anual "adotado por unanimidade" por todos os Estados-membros e baseado "em estatísticas transmitidas pelos Estados-membros para garantir que cada membro contribuirá no nível que lhe corresponde".

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Bruxelas - O Reino Unido se expõe a multas caso se recuse a pagar a contribuição para o orçamento europeu em 1º de dezembro, como anunciou o primeiro-ministro britânico David Cameron na sexta-feira, ao criticar o aumento da cota de 2,1 bilhões de euros.

"A lei impõe aos Estados repassar suas contribuições ao orçamento europeu em 1º de dezembro. Se o Estado não faz isto, a Comissão pode aplicar multas", afirmou o comissário do Orçamento, Jacek Diminik, que se declarou surpreso com a reação de Cameron.

O Reino Unido não tem intenção de pagar os 2,1 bilhões de euros cobrados por Bruxelas, afirmou Cameron na sexta-feira, manifestando sua revolta com a reavaliação da contribuição britânica.

"Não vou pagar esta fatura em 1º de dezembro", afirmou Cameron em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, ao final da cúpula dos líderes da UE.

"Estou revoltado", acrescentou, anunciando que os ministros da Economia europeus terão uma reunião de emergência para tratar do assunto.

A Comissão Europeia reavaliou as contribuições de Londres e Amsterdã como resultado de seu crescimento econômico e de novos parâmetros para o cálculo do PIB, que incluem atividades da economia informal, como o tráfico de drogas e a prostituição.

Bruxelas pede ao governo britânico uma contribuição adicional ao orçamento comunitário de 2,1 bilhões de euros e ao governo holandês de 642 milhões.

Em troca, foram reduzidas as contribuições da Espanha, de 168,9 milhões; da França, de 1,27 bilhão e da Alemanha, de 779 milhões de euros.

A notícia deve ser mal recebida pela opinião pública britânica, particularmente eurocética. De olho nas eleições gerais de 2015, Cameron prometeu recuperar os poderes concedidos à UE no passado e convocar um referendo sobre a permanência do Reino Unido no bloco em 2017.

Jeroen Dijsselbloem, ministro da Economia holandês e atual presidente do Eurogrupo - instância que reúne os titulares das Finanças dos 18 países da zona do euro -, disse que a nova contribuição "é uma surpresa muito desagradável".

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, por sua vez, explicou que se trata de um exercício anual "adotado por unanimidade" por todos os Estados-membros e baseado "em estatísticas transmitidas pelos Estados-membros para garantir que cada membro contribuirá no nível que lhe corresponde".

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