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Reino Unido pede fim do embargo de armas para a Síria

O Reino Unido vem defendendo um relaxamento do embargo para que possa passar a fornecer armas abertamente aos grupos que combatem o governo de Assad


	Cameron afirmou que apoia plano de realizar conferência internacional de paz sobre Síria o mais cedo possível, mas que isso não deve servir de desculpa para redução da pressão sobre o governo sírio
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Cameron afirmou que apoia plano de realizar conferência internacional de paz sobre Síria o mais cedo possível, mas que isso não deve servir de desculpa para redução da pressão sobre o governo sírio (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 16h54.

Bruxelas - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a União Europeia deve se preparar para "mudar" seu embargo ao fornecimento de armas para a Síria, para "manter a pressão" sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Falando a jornalistas após um encontro de cúpula europeu em Bruxelas, Cameron afirmou que apoia o plano de realizar uma conferência internacional de paz sobre a Síria o mais cedo possível, mas que isso não deve servir de desculpa para uma redução da pressão sobre o governo sírio.

"É por isso que é certo mostrar que nós, aqui na União Europeia, estamos preparados para mudar o embargo ao envio de armas, de modo que possamos fazer mais para formar a oposição moderada e aumentar a pressão sobre Assad", acrescentou. O embargo ao fornecimento de armas a todas as partes envolvidas no conflito sírio vigora até o fim do mês e será discutido em uma reunião dos ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia na próxima semana; para ser prorrogado, ele precisa do apoio de todos os 27 países membros da UE.

O Reino Unido, principal aliado dos EUA (e portanto de Israel) na Europa, vem defendendo um relaxamento do embargo para que possa passar a fornecer armas abertamente aos grupos que combatem o governo de Assad; outros países europeus, entre eles a Alemanha, são contra.

Em Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, elogiou a "reação construtiva" do governo sírio à proposta de uma conferência internacional de paz sobre a Síria. Em entrevista coletiva ao lado do vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Muqdad, ressalvou que a iniciativa russo-americana "está sendo minada pelas ações da oposição síria".

Nesta terça-feira, representantes da oposição síria exigiram garantias internacionais de que Assad renunciará como parte e qualquer acordo de paz. "Até agora, toda vez que aparece uma fagulha de esperança, vemos os esforços de forças bem conhecidas para arruinar qualquer movimento na direção de uma solução política. Entre essas ações está o sequestro de seu pai", disse Lavrov a Mqdad, cujo pai foi sequestrado pela oposição síria no último sábado.

A conferência internacional sobre a síria foi proposta pelos EUA, que estão treinando combatentes da oposição síria na Jordânia, e pela Rússia. Os EUA já declararam que são contra a participação do Irã, que é aliado de Assad, enquanto a Rússia é a favor.

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