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Reino Unido descarta aliança com Assad para combater EI

Ministro das Relações Exteriores britânico descartou aliança com o regime de Bashar al-Assad para combater jihadistas na Síria

Philip Hammond, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido (Siegfried Modola/Reuters)

Philip Hammond, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido (Siegfried Modola/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 11h01.

Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, descartou nesta sexta-feira qualquer possibilidade de aliança com o regime sírio de Bashar al-Assad para combater os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Síria.

Para o chefe da diplomacia britânica, que apoiou a oposição do regime no conflito sírio, não seria "prático, sensível e nem útil" apoiar Assad agora para fazer frente aos extremistas.

Desta forma, Hammond contrariou as declarações do que ex-chefe do Estado-Maior do Exército britânico, Richard Dannatt, que sugeriu uma aliança com o presidente sírio para tentar conter o avanço do EI na região.

"O velho ditado que diz que "o inimigo do meu inimigo é meu amigo" começou a adquirir certa ressonância em nossa relação com o Irã e acho que é o momento de também ganhar certa ressonância em nossa relação com al-Assad", disse Dannatt à emissora "BBC" Rádio 4.

"Seja à luz pública ou não, acho que é preciso manter conversas com ele, já que existe a possibilidade de realizar ataques aéreos no espaço aéreo da Síria, fato que deve contar com a aprovação do regime", sustentou o antigo chefe militar.

Questionado sobre essas opiniões, Hammond assegurou que a parceria com a Síria não está nos planos do Reino Unido.

"Não. Em algumas ocasiões vamos lutar contra as mesmas pessoas que ele (al-Assad), mas isso não quer dizer que somos um de seus aliados", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.

Há um ano, Hammond, então ministro da Defesa, se mostrou "decepcionado" pela recusa do parlamento britânico de permitir uma intervenção militar contra o regime sírio.

A preocupação pelo avanço dos extremistas do Estado Islâmico no norte do Iraque se acentuou nesta semana com a execução do jornalista americano James Foley, que havia sido sequestrado pelos jihadistas em 2012.

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