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Reino Unido afirma que Al-Assad deve democratizar Síria ou abandonar o poder

Ministro britânico espera que a Turquia faça pressão para que o presidente sírio realize uma reforma no país ou saia de seu cargo

Reino Unido e França, com o apoio dos Estados Unidos, estão coletando apoios no Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução que condene o regime sírio (Getty Images)

Reino Unido e França, com o apoio dos Estados Unidos, estão coletando apoios no Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução que condene o regime sírio (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h53.

Luxemburgo - O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou nesta segunda-feira que o presidente sírio, Bashar al Assad, deve aplicar as reformas necessárias em seu país para democratizá-lo ou caso contrário "abandonar o poder".

Hague fez estas declarações durante sua chegada à reunião dos ministros de Exteriores da União Europeia (UE) à espera do discurso que o líder sírio deverá pronunciar ao meio-dia e, indicou que o papel da Turquia é "muito importante" e que espera que utilize sua influência para transferir ao regime de Al-Assad a mensagem que "está perdendo legitimidade".

"Espero que nossos colegas turcos exerçam toda a pressão possível sobre o regime de Assad e que o façam com uma mensagem muito clara: que estão perdendo legitimidade e que Assad deve reformar ou renunciar", assinalou Hague.

Reino Unido e França, com o apoio dos Estados Unidos, estão coletando apoios no Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução que condene o regime sírio, mas contam com a rejeição da Rússia e China, membros com direito a veto, e também de outros membros temporários como o Brasil, África do Sul e Índia.

O Reino Unido quer que Assad responda as "legítimas reivindicações" dos sírios, liberte os presos de consciência, permita o acesso a internet e a liberdade de imprensa e coopere com a Alta Delegacia da ONU para os Direitos Humanos", destacou Hague.

O ministro de Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, disse que a situação na Síria "vai de mal a pior", por isso que é "imperativo" que o Conselho de Segurança da ONU expresse a "indignação" do mundo perante a contínua violência nesse país.

"O silêncio até agora do Conselho de Segurança pode ser visto como uma tolerância indireta do que está ocorrendo na Síria e isso é inaceitável", ressaltou.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, disse nesta segunda-feira que a UE estará pendente do discurso do presidente sírio para ver se oferece alguma novidade e responde às demandas de seu povo.

"Veremos o que acontecerá hoje. Será interessante (ver) o que o presidente Assad vai dizer, se é que ele dirá algo", afirmou.

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