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Rei saudita apoia governantes do Egito contra "terrorismo"

Abdullah pediu aos árabes nesta sexta-feira que fiquem juntos contra "tentativas de desestabilizar" o país

Abdullah, o rei saudita: "todos aqueles que se intrometem nas questões internas do Egito estão inflamando a agitação" (Andrew Harrer)

Abdullah, o rei saudita: "todos aqueles que se intrometem nas questões internas do Egito estão inflamando a agitação" (Andrew Harrer)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 13h51.

Riad - O rei saudita Abdullah pediu aos árabes nesta sexta-feira que fiquem juntos contra "tentativas de desestabilizar" o Egito, em uma mensagem de apoio à liderança militar egícpia e num ataque à Irmandade Muçulmana.

"O reino da Arábia Saudita, seu povo e governo, permaneceu e permanece hoje com seus irmãos no Egito contra o terrorismo", disse o rei em mensagem lida na televisão saudita, em uma aparente referência aos confrontos entre a Irmandade Muçulmana e a polícia.

"Peço aos homens honestos do Egito e das nações árabes e muçulmanas... que permaneçam como um homem e um coração frente às tentativas de desestabilizar um país que está na vanguarda da história árabe e islâmica", acrescentou.

Centenas de pessoas morreram no Egito nesta semana quando as forças de segurança atacaram acampamentos de manifestantes erguidos pela Irmandade Muçulmana para protestar contra a derrubada do presidente Mohamed Mursi pelos militares no mês passado.

A Arábia Saudita era uma aliada próximo do ex-presidente Hosni Mubarak, o veterano governante autocrata derrubado por um levante popular em 2011, e teme a disseminação da ideologia da Irmandade Muçulmana às monarquias do Golfo.

O país prometeu 5 bilhões de dólares em ajuda ao Egito depois que o islâmico Mursi foi derrubado.

A declaração do rei Abdullah foi o primeiro comentário da Arábia Saudita sobre a crise política no Egito, um país que é visto como um aliado vital contra o xiita Irã e os grupos islâmicos antiocidentais.

"Todos aqueles que se intrometem nas questões internas do Egito estão inflamando a agitação", disse ele, acrescentando que o país norte-africano enfrenta "uma conspiração de golpistas" que tentam atacar sua unidade e estabilidade.

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