Militantes do Estado Islâmico durante parada militar no norte da Síria: antes do ataque dos extremistas, a cidade estava divida em bairros controlados pelo regime, que tinha em seu poder 40% de sua superfície (Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2015 às 10h36.
Beirute - As forças do regime de Bashar al Assad e as milícias curdas expulsaram totalmente nesta terça-feira os combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) do interior da cidade de Al Hasaka, no nordeste da Síria, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG afirmou que os soldados governamentais retomaram hoje o controle do bairro de Al Zuhur na entrada meridional da cidade.
Enquanto isso, prosseguem os combates entre ambos os grupos nos arredores de Al Hasaka, onde o EI lançou uma ofensiva em 25 de junho contra as áreas dominadas pelas autoridades sírias, nas quais conquistou um quarto da população.
Antes do ataque dos extremistas, a cidade estava divida em bairros controlados pelo regime, que tinha em seu poder 40% de sua superfície, e os dominados pela autoproclamada Administração interina curda, que tinham o resto.
O Observatório apontou que nas últimas 48 horas faleceram pelo menos 20 milicianos do EI, aumentando para 287 o número de baixas jihadistas desde o começo da ofensiva do EI em Al Hasaka.
Entre esses mortos, há pelo menos 21 radicais que cometeram atentados suicidas e 26 menores de idade pertencentes à organização extremista.
No grupo do regime, pelo menos 120 soldados e milicianos pró-governo morreram neste tempo, enquanto o Observatório não ofereceu um número exato de falecidos nas fileiras das Unidades de Proteção do Povo -forças curdas- e indicou que houve dezenas de falecidos.
Durante as operações contra o EI, os milicianos curdos ampliaram as zonas que tinham em suas mãos em Al Hasaka e tomaram o distrito de Nashwa Ocidental, antes em poder do regime, controlando 75% da cidade, disse à Agência Efe há três dias um responsável governamental curdo.