Região remota da Índia completa 100 dias de isolamento
Disputa entre duas tribos fechou as estradas da região de Manipur e dificulta a chegada de mantimentos
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h11.
Nova Délhi - A interdição de estradas por causa de um conflito tribal na remota região de Manipur, no nordeste da Índia , completou 100 dias nesta terça-feira, o que está causando uma escassez de artigos de primeira necessidade.
As disputas entre as etnias naga e kuki, que bloquearam as vias de acesso, deixaram em situação crítica 3 milhões de habitante da região, que depende do envio de mantimentos vindos de outras partes do país.
Conforme a agência local 'Ians', além da restrição de combustível, alimentos e remédios, quatro pessoas morreram durantes os últimos confrontos e cerca de dez prédios do Governo foram depredados.
'É uma vergonha que o Governo não faça nada a respeito. Os líderes dos grupos devem ser julgados por fazerem a população de refém', declarou à 'Ians' a ativista local de direitos civis, Anita Devi.
O conflito começou em agosto quando os kukis interditaram as estradas como protesto para pressionar o Governo regional a transformar Sadar Hills, região onde vivem, em distrito.
Semanas depois, os nagas bloquearam duas das principais rodovias, o que agravou o isolamento, que pode ser um dos mais longos da história da Índia.
'Não culpem os nagas pelo cerco. O que queremos é que o Governo dê explicações ao povo de Manipur sobre este assunto', disse à 'Ians' o líder tribal naga, S. Milan.
Manipur tem uma longa tradição de bloqueios econômicos, a maior parte deles por disputas entre os nagas e os kunis - que causaram centenas de mortes nos últimos anos - e entre os nagas e os meiteis, a etnia dominante na região.
No nordeste da Índia, cerca de 20 grupos lutam pela autonomia de seus territórios, unidos ao resto do país apenas por pequenas extensões de terra, mas com importantes diferenças étnicas e culturais.
Nova Délhi - A interdição de estradas por causa de um conflito tribal na remota região de Manipur, no nordeste da Índia , completou 100 dias nesta terça-feira, o que está causando uma escassez de artigos de primeira necessidade.
As disputas entre as etnias naga e kuki, que bloquearam as vias de acesso, deixaram em situação crítica 3 milhões de habitante da região, que depende do envio de mantimentos vindos de outras partes do país.
Conforme a agência local 'Ians', além da restrição de combustível, alimentos e remédios, quatro pessoas morreram durantes os últimos confrontos e cerca de dez prédios do Governo foram depredados.
'É uma vergonha que o Governo não faça nada a respeito. Os líderes dos grupos devem ser julgados por fazerem a população de refém', declarou à 'Ians' a ativista local de direitos civis, Anita Devi.
O conflito começou em agosto quando os kukis interditaram as estradas como protesto para pressionar o Governo regional a transformar Sadar Hills, região onde vivem, em distrito.
Semanas depois, os nagas bloquearam duas das principais rodovias, o que agravou o isolamento, que pode ser um dos mais longos da história da Índia.
'Não culpem os nagas pelo cerco. O que queremos é que o Governo dê explicações ao povo de Manipur sobre este assunto', disse à 'Ians' o líder tribal naga, S. Milan.
Manipur tem uma longa tradição de bloqueios econômicos, a maior parte deles por disputas entre os nagas e os kunis - que causaram centenas de mortes nos últimos anos - e entre os nagas e os meiteis, a etnia dominante na região.
No nordeste da Índia, cerca de 20 grupos lutam pela autonomia de seus territórios, unidos ao resto do país apenas por pequenas extensões de terra, mas com importantes diferenças étnicas e culturais.