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Região boliviana declara alerta vermelho por zika vírus

As autoridades do departamento boliviano de Santa Cruz declararam um alerta vermelho de saúde após 14 casos registrados.

Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus (Luis Robayo/AFP)

Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2016 às 15h35.

La Paz, 12 mar (EFE).- As autoridades do departamento boliviano de Santa Cruz, onde foram registrados 14 casos de zika na Bolívia desde o ano passado, declararam um alerta vermelho de saúde para aumentar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

O chefe de epidemiologia do governo de Santa Cruz, Roberto Torrez, disse neste sábado à Agência Efe que a declaração de alerta vermelho segue a legislação para se trabalhar com mais intensidade perante a epidemia e é um passo prévio à declaração de emergência caso seja necessário.

Os 14 casos da Bolívia, sendo 12 autóctones e dois importados, se encontram em Santa Cruz, região situada na fronteira com Brasil e Paraguai.

Torrez acrescentou que já foram realizados mais de 180 exames médicos em suspeitos que resultaram negativos e que não há nenhum caso de complicação com a síndrome de Guillain-Barré, doença auto-imune que afeta o sistema nervoso e que foi associada ao zika.

O especialista comentou que as autoridades se perguntam por que a doença não teve um efeito impactante na Bolívia como em outros países e disse que isso provavelmente ocorreu devido às intensas campanhas para a destruição dos criadouros do mosquito Aedes aegypti no ano passado.

Essas campanhas ocorreram em meio a grandes epidemias de dengue e chicungunha, transmite pelo mesmo mosquito.

"Acreditamos que esse trabalho que foi e está sendo feito está conseguindo de alguma maneira que a epidemia não seja explosiva", disse Torrez.

No ano passado, o sistema de saúde de Santa Cruz atendeu 25 mil casos entre dengue e chicungunha. De acordo com Torrez, o surgimento de casos de Guillain-Barré ou microcefalia por causa do zika pode complicar o atendimento em tratamento intensivo, mas as autoridades já planejam uma resposta para essa possibilidade. EFE

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