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Referendo da Crimeia é sem valor, diz Cristina Kirchner

Cristina vem clamando o arquipélago para a Argentina, que em 1982 entrou em guerra com a Grã-Bretanha pela posse das Ilhas Malvinas

Cristina Kirchner: "simplesmente não podemos defender a integridade da Crimeia e não a das Malvinas," afirmou (Enrique Marcarian/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h04.

Paris - A presidente da Argentina , Cristina Kirchner , que faz campanha para que as Ilhas Malvinas sejam parte de seu país, disse que o referendo da semana passada na Crimeia é tão sem valor quanto aquele realizado no ano passado no território britânico no Atlântico Sul.

Há tempos Cristina vem clamando o arquipélago para a Argentina, que em 1982 entrou em guerra com a Grã-Bretanha pela posse do território.

"Este referendo (na Crimeia) não tem valor", afirmou a presidente, falando através de um intérprete, em uma entrevista coletiva ao lado do presidente francês, François Hollande.

"Simplesmente não podemos defender a integridade da Crimeia e não a das Malvinas," afirmou. A Grã-Bretanha diz que a Rússia violou a lei internacional e a integridade territorial da Ucrânia ao anexar a Crimeia.

Os moradores das Malvinas votaram quase unanimemente para continuar sob domínio britânico em um referendo de março de 2013.

Os britânicos reivindicaram a posse das ilhas, localizadas na costa sul da Argentina, em 1833, apesar do argumento argentino de que as herdou da Espanha na independência e que a Grã-Bretanha expulsou uma população argentina.

"Que valor tem um referendo em uma colônia ultramarina a 14 mil quilômetros do Reino Unido?", indagou Cristina.

A Guerra das Malvinas, que matou cerca de 650 argentinos e 255 britânicos e terminou quando a Argentina se rendeu, é lembrada por muitos na Argentina como um erro humilhante da ditadura brutal e desacreditada que estava no poder à época.

A maioria dos países latino-americanos e muitas nações em desenvolvimento expressam apoio à Argentina, que renovou sua campanha desde que empresas britânicas começaram a prospectar petróleo e gás natural na costa das Malvinas, chamadas de Falklands na Grã-Bretanha.

"Deveríamos apoiar a integridade de todos os países. No final das contas, as Malvinas sempre foram argentinas, enquanto a Crimeia pertencia à União Soviética e foi entregue aos ucranianos por (ex-líder soviético Nikita) Khrushchev".

No dia 14 de março, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Crimeia significa mais para a Rússia do que as Malvinas para a Grã-Bretanha.

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Paris - A presidente da Argentina , Cristina Kirchner , que faz campanha para que as Ilhas Malvinas sejam parte de seu país, disse que o referendo da semana passada na Crimeia é tão sem valor quanto aquele realizado no ano passado no território britânico no Atlântico Sul.

Há tempos Cristina vem clamando o arquipélago para a Argentina, que em 1982 entrou em guerra com a Grã-Bretanha pela posse do território.

"Este referendo (na Crimeia) não tem valor", afirmou a presidente, falando através de um intérprete, em uma entrevista coletiva ao lado do presidente francês, François Hollande.

"Simplesmente não podemos defender a integridade da Crimeia e não a das Malvinas," afirmou. A Grã-Bretanha diz que a Rússia violou a lei internacional e a integridade territorial da Ucrânia ao anexar a Crimeia.

Os moradores das Malvinas votaram quase unanimemente para continuar sob domínio britânico em um referendo de março de 2013.

Os britânicos reivindicaram a posse das ilhas, localizadas na costa sul da Argentina, em 1833, apesar do argumento argentino de que as herdou da Espanha na independência e que a Grã-Bretanha expulsou uma população argentina.

"Que valor tem um referendo em uma colônia ultramarina a 14 mil quilômetros do Reino Unido?", indagou Cristina.

A Guerra das Malvinas, que matou cerca de 650 argentinos e 255 britânicos e terminou quando a Argentina se rendeu, é lembrada por muitos na Argentina como um erro humilhante da ditadura brutal e desacreditada que estava no poder à época.

A maioria dos países latino-americanos e muitas nações em desenvolvimento expressam apoio à Argentina, que renovou sua campanha desde que empresas britânicas começaram a prospectar petróleo e gás natural na costa das Malvinas, chamadas de Falklands na Grã-Bretanha.

"Deveríamos apoiar a integridade de todos os países. No final das contas, as Malvinas sempre foram argentinas, enquanto a Crimeia pertencia à União Soviética e foi entregue aos ucranianos por (ex-líder soviético Nikita) Khrushchev".

No dia 14 de março, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Crimeia significa mais para a Rússia do que as Malvinas para a Grã-Bretanha.

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