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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - O presidente da Bolsa de Valores de Nova York, Duncan Niederauer, afirmou hoje (18) que reformas em setores da economia dos Estados Unidos têm comprometido a recuperação do mercado financeiro. Segundo ele, mudanças na regulação dos bancos e dos planos de saúde implementadas após a crise de 2008 dificultam que os negócios na bolsa retomem os níveis de dois anos atrás.
"Mesmo com todos os sinais favoráveis que temos, existem algumas coisas barrando a recuperação do mercado. Houve uma tremenda mudança na regulamentação dos planos de saúde e existe uma nova regulação do sistema financeiro em discussão. Muitos estão inseguros, pois não sabem o sentido que essas medidas vão tomar."
Niederauer falou com jornalistas nesta manhã, após participar de uma palestra para empresários, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com Niederauer, a economia dos Estados Unidos está em recuperação. Dados recentes mostram uma melhora com relação ao cenário do fim de 2008, época em que a quebra de bancos acabou levando o país para uma de suas piores crises desde 1929.
Ele afirmou que o nível de lucro das companhias no país voltou a um patamar razoável e que a quantidade de dinheiro disponível para investimentos é grande. Contudo, a insegurança quanto às reformas, além de outras preocupações, afugentam os investidores e comprometem o desempenho das bolsas.
Hoje, por exemplo, o índice Dow Jones, mais importante da Bolsa de Nova York, opera na casa dos 10.400 pontos. Antes da crise, ele operava perto dos 11.800 pontos. Niederauer disse que o desempenho da economia europeia e a alta taxa de desemprego nos Estados Unidos também preocupam investidores. Além disso, a possibilidade de uma reforma na regulação do setor de energia deixa investidores preocupados.
Para resolver esses problemas, Niederauer disse que representantes do mercado pretendem reunir-se com membros do governo no mês que vem. A reunião poderia esclarecer pontos mais preocupantes das várias medidas propostas e, assim, resultar na volta dos investidores à bolsa. "Esperamos que um diálogo construtivo resolva essas questões".
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