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Rebelião da RD Congo intensifica ofensiva antes de cúpula

O avanço do M23, com a conquista na terça-feira de Goma, capital do Kivu Norte, e na quarta-feira de Sake, "foi freada na quinta" após combates

Um rebelde do M23 observa um veículo abandonado do Exército em Goma: o M23, que afirma lutar por "melhores condições de vida para os congoleses", exige um diálogo (©AFP / Tony Karumba)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 17h39.

Sake - A ofensiva dos rebeldes do M23 se intensificou nesta sexta-feira nos arredores de Sake, leste da República Democrática do Congo (RDC), após o fracasso de uma contra-ofensiva do Exército, que obrigou milhares de civis a fugir, na véspera de uma cúpula regional em Kampala sobre a crise.

O avanço do M23, com a conquista na terça-feira de Goma, capital do Kivu Norte, e na quarta-feira de Sake, "foi freada na quinta", depois de intensos combates entre rebeldes e forças do governo, aliadas a uma milícia local, indicou à AFP uma fonte da ONU.

Ao menos 25 civis ficaram feridos durante os confrontos, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

"Há corpos ao longo da estrada" de Kirotshe, a 8 km ao sul de Sake, para onde "a linha de frente se deslocou", declarou à AFP Thierry Goffeau, chefe da missão do MSF em Goma.

Sake é um local estratégico de onde partem duas estradas: a primeira que leva à Bakavu, capital da província de Kivu Sul, e a segunda que liga a região à Masisi.

Foi em Masisi que teve início em abril o motim de oficiais e soldados do Exército que deu origem à rebelião do M23.

"Tudo está concentrado nos arredores de Sake", afirmou uma fonte da ONU, acrescentando que o Exército congolês "tenta se reorganizar" no sul desta localidade, com o objetivo de "recuperar a integridade do território", de acordo com o coronel Olivier Amuli. Segundo uma fonte militar ocidental, o Exército conta com 3.500 soldados no local.


No momento em que o Exército se recupera de uma nova derrota para os rebeldes, o presidente congolês Joseph Kabila afastou o chefe do Exército, o general Gabriel Amisi, oficialmente porque foi citado em um relatório da ONU que o acusa de estar envolvido com o tráfico de armas com grupos armados locais.

Como na quinta-feira, milhares de civis continuaram a fugir da região de Sake em direção ao campo de refugiados de Mugunga, perto de Goma.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados lamentou ter acesso a apenas um dos 31 campos de refugiados em Kivu Norte, que abriga mais de 100.000 pessoas.

A Organização Mundial de Saúde teme um agravamento da epidemia de coléra na região, onde 65 mortes foram registradas desde janeiro.

No âmbito diplomático, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, pediu "o fim imediato" da ofensiva do M23 e exigiu sua retirada de Goma, assim como fizeram os presidentes Kabila, Yoweri Museveni (Uganda) e Paul Kagame (Ruanda).

Mas o M23, que afirma lutar por "melhores condições de vida para os congoleses", exige um diálogo "direto" com Kabila.

O presidente do M23, Jean-Marie Runiga Lugerero, chegou à Kampala nesta sexta-feira, onde se reunirá com o presidente de Uganda, segundo o movimento.

Em um relatório publicado quarta-feira, a ONU acusou Ruanda de comandar o M23 e Uganda de fornecer apoio à rebelião, o que os dois países negam.

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Sake - A ofensiva dos rebeldes do M23 se intensificou nesta sexta-feira nos arredores de Sake, leste da República Democrática do Congo (RDC), após o fracasso de uma contra-ofensiva do Exército, que obrigou milhares de civis a fugir, na véspera de uma cúpula regional em Kampala sobre a crise.

O avanço do M23, com a conquista na terça-feira de Goma, capital do Kivu Norte, e na quarta-feira de Sake, "foi freada na quinta", depois de intensos combates entre rebeldes e forças do governo, aliadas a uma milícia local, indicou à AFP uma fonte da ONU.

Ao menos 25 civis ficaram feridos durante os confrontos, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

"Há corpos ao longo da estrada" de Kirotshe, a 8 km ao sul de Sake, para onde "a linha de frente se deslocou", declarou à AFP Thierry Goffeau, chefe da missão do MSF em Goma.

Sake é um local estratégico de onde partem duas estradas: a primeira que leva à Bakavu, capital da província de Kivu Sul, e a segunda que liga a região à Masisi.

Foi em Masisi que teve início em abril o motim de oficiais e soldados do Exército que deu origem à rebelião do M23.

"Tudo está concentrado nos arredores de Sake", afirmou uma fonte da ONU, acrescentando que o Exército congolês "tenta se reorganizar" no sul desta localidade, com o objetivo de "recuperar a integridade do território", de acordo com o coronel Olivier Amuli. Segundo uma fonte militar ocidental, o Exército conta com 3.500 soldados no local.


No momento em que o Exército se recupera de uma nova derrota para os rebeldes, o presidente congolês Joseph Kabila afastou o chefe do Exército, o general Gabriel Amisi, oficialmente porque foi citado em um relatório da ONU que o acusa de estar envolvido com o tráfico de armas com grupos armados locais.

Como na quinta-feira, milhares de civis continuaram a fugir da região de Sake em direção ao campo de refugiados de Mugunga, perto de Goma.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados lamentou ter acesso a apenas um dos 31 campos de refugiados em Kivu Norte, que abriga mais de 100.000 pessoas.

A Organização Mundial de Saúde teme um agravamento da epidemia de coléra na região, onde 65 mortes foram registradas desde janeiro.

No âmbito diplomático, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, pediu "o fim imediato" da ofensiva do M23 e exigiu sua retirada de Goma, assim como fizeram os presidentes Kabila, Yoweri Museveni (Uganda) e Paul Kagame (Ruanda).

Mas o M23, que afirma lutar por "melhores condições de vida para os congoleses", exige um diálogo "direto" com Kabila.

O presidente do M23, Jean-Marie Runiga Lugerero, chegou à Kampala nesta sexta-feira, onde se reunirá com o presidente de Uganda, segundo o movimento.

Em um relatório publicado quarta-feira, a ONU acusou Ruanda de comandar o M23 e Uganda de fornecer apoio à rebelião, o que os dois países negam.

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