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Rebeldes xiitas do Iêmen aceitam fim dos combates na capital

Detalhes do acordo aparentemente obtido pelo mediador da ONU, Jamal Benomar, ainda não foram revelados

Iemenitas observam caminhões-tanques queimados durante os confrntos entre xiita antigovernamentais e seus oponentes na capital Sana (Mohammed Huwais/AFP)

Iemenitas observam caminhões-tanques queimados durante os confrntos entre xiita antigovernamentais e seus oponentes na capital Sana (Mohammed Huwais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h33.

Sana - Os rebeldes <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/xiitas">xiitas</a></strong> do grupo Ansarualah concordaram nesta sexta-feira em acabar com os confrontos com os combatentes <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/sunitas">sunitas</a></strong> do partido Al Islah em Sanaa, indicaram os negociadores que participam em uma mediação lidada por um representante da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/onu">ONU</a></strong>.</p>

"O líder dos rebeldes, Abdel Malek Huthi, designou dois de seus adjuntos para assinar o acordo em Sanba nas próximas horas ou neste sábado", declarou um dos negociadores aos jornalistas presentes.

Por ora, os detalhes do acordo aparentemente obtido pelo mediador da ONU, Jamal Benomar, não foram revelados.

Segundo o ministério da Saúde iemenita, ao menos 200 pessoas morreram nos recentes combates na capital do Iêmen. Este número não inclui os mortos recuperados por familiares.

Os combates foram interrompidos domingo à noite após a assinatura do acordo acordo que aconteceu num contexto de intensificação dos combates perto do aeroporto da capital.

Na quinta-feira quase 40 pessoas morreram em confrontos entre os simpatizantes do partido islamita sunita Al-Islah e o exército, por um lado, e os rebeldes xiitas de Ansarullah, por outro, no norte de Sanaa, onde se localiza o aeroporto, informaram várias fontes.

Os rebeldes de Ansarullah, que pedem a renúncia do governo, acusado de corrupção, acampam há mais de um mês em Sanaa e em seus arredores, sobretudo na estrada que leva ao aeroporto da capital.

A onda de violência se acentuou na quinta-feira com o avanço dos rebeldes armados no norte de Sanaa.

Os rebeldes rejeitaram em agosto uma proposta presidencial sobre a nomeação de um novo primeiro-ministro e uma redução no polêmico aumento dos preços do combustível, duas de suas principais reivindicações.

Os insurgentes, que controlam a região de Saada (norte), são suspeitos de querer ampliar sua zona de influência no futuro Estado federal que contará com seis províncias.

Os três canais da televisão pública iemenita pararam de fazer transmissões nesta sexta-feira devido a intensos disparos contra sua sede em Sanaa, indicou um funcionário do setor audiovisual.

"As emissões cessaram devido aos tiros dos huthis (insurgentes xiitas) que continuam ininterruptamente desde a noite de quinta-feira", declarou este funcionário.

Em função da situação, as companhias aéreas suspenderam seus voos ao aeroporto internacional de Sanaa, conforme anunciou a Autoridade da Aviação Civil.

A medida entrou em vigor durante a noite por um período de ao menos 24 horas, acrescentou a fonte.

"As companhias aéreas árabes e estrangeiras decidiram suspender seus voos a Sanaa por 24 horas devido à situação na capital", anunciou pela noite a aviação civil em um comunicado.

Esta medida será prolongada ou reconsiderada "em função (da evolução) das condições de segurança na capital", segundo o comunicado, citado pela agência oficial Saba.

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