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Rebeldes sírios retirarão combatentes da Frente Nusra presos

Jaish al-Islam, uma das principais facções em Ghouta Oriental, disse que a decisão havia sido tomada em consultas com a Organização das Nações Unidas

Síria: Mohammad Alloush, chefe político do Jaish al-Islam, disse que o número de combatentes da Frente Nusra não ultrapassa "algumas centenas" (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: Mohammad Alloush, chefe político do Jaish al-Islam, disse que o número de combatentes da Frente Nusra não ultrapassa "algumas centenas" (Bassam Khabieh/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2018 às 19h15.

Última atualização em 13 de março de 2018 às 12h15.

Beirute — O grupo rebelde sírio Jaish al-Islam informou nesta sexta-feira que concordou em retirar combatentes da Frente Nusra sendo mantidos em suas prisões na região sitiada de Ghouta oriental.

A TV estatal síria então exibiu imagens que informou serem de 13 combatentes e suas famílias começando a deixar o enclave sitiado nos arredores de Damasco.

Em comunicado no Twitter nesta sexta-feira, o Jaish al-Islam, uma das principais facções em Ghouta oriental, disse que a decisão havia sido tomada em consultas com a Organização das Nações Unidas, diversos partidos internacionais e representantes da sociedade civil de Ghouta oriental.

"Após nosso encontro hoje com a delegação que entrou em Ghouta acompanhando o comboio de auxílio, um acordo foi alcançado para retirar a primeira leva de membros (da Frente Nusra) presentes nas prisões do Jaish al-Islam e que haviam sido detidos durante operação de segurança que o Jaish al-Islam iniciou em 28 de abril de 2017", segundo o comunicado da liderança do grupo, com data desta sexta-feira.

Mohammad Alloush, chefe político do Jaish al-Islam, disse nesta sexta-feira à rede de TV al-Arabiya al-Hadath que o número de combatentes da Frente Nusra em Ghouta oriental não ultrapassa "algumas centenas".

Ghouta tem sido sitiada há anos, mas nas últimas duas semanas o Exército sírio retomou quase todas as terras agrícolas em Ghouta oriental através de bombardeios e ataques aéreos quase incessantes, deixando somente algumas densas cidades espalhadas - cerca de metade do território - ainda sob controle insurgente.

Nesta sexta-feira, um comboio de auxílio emergencial cruzou linhas do fronte para Ghouta oriental e entregou seus suprimentos.

Não ficou claro se o acordo para retirar membros do Tahrir al-Sham, uma aliança de facções jihadistas ligadas à Frente Nusra, no passado o braço sírio da al Qaeda, irá levar a uma retirada mais ampla de combatentes de outros grupos ou civis.

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