Mundo

Rebeldes filipinos declaram cessar-fogo em áreas devastadas

Braço político de grupo rebelde ordenou a seus combatentes cessarem os ataques contra as autoridades nas províncias devastadas pelo tufão Haiyan

Soldados ajudam vítima do tufão Haiyan, nas Filipinas: cessar-fogo unilateral da violência entrou em vigor hoje e tem vigência de 10 dias (Wolfgang Rattay/Reuters)

Soldados ajudam vítima do tufão Haiyan, nas Filipinas: cessar-fogo unilateral da violência entrou em vigor hoje e tem vigência de 10 dias (Wolfgang Rattay/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 09h19.

Manila - O Partido Comunista das Filipinas, braço político do grupo rebelde Novo Exército do Povo (NPA), ordenou nesta quinta-feira a seus combatentes cessarem os ataques contra as autoridades nas províncias devastadas pelo tufão Haiyan.

"Essa declaração de cessar-fogo cobre os comandos regionais do NPA em: Visayas Oriental, Panay, Visayas Central e as Ilha de Negros", precisou o Partido Comunista em comunicado publicado em seu portal da internet.

Essas áreas foram arrasadas na sexta-feira passada pelo tufão Haiyan que já deixou mais de 2.300 mortos, enquanto os organismos oficiais continuam com a lento apuração de vítimas mortais, que a ONU estimou em mais de 10 mil pessoas.

O cessar-fogo unilateral da violência entrou em vigor hoje e tem vigência de 10 dias, até a meia-noite de 24 de novembro, segundo o braço político da guerrilha comunista, que também ordenou às unidades regionais transmitir a mensagem de paz nas ilhas de Masbate, Palawan e Mindoro.

"Com essa declaração, todas as organizações de ajuda, tanto locais como internacionais, têm garantida sua segurança dentro das regiões afetadas pela calamidade onde a guerrilha atua", disse o grupo rebelde.

O cessar-fogo pode ser ampliado "à medida que se avalie o alcance da devastação".

Os membros rebeldes, no entanto, permanecerão ativos e em modo de defesa diante de possíveis movimentos hostis das Forças Armadas Filipinas.

O Novo Exército do Povo tem cerca de 6 mil combatentes e há 43 anos trava luta armada em um conflito que já causou cerca de 30 mil mortes.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisFilipinasTufões

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua