Reality russo choca ao permitir atrocidades entre participantes
O programa de televisão russo promete jogar 30 pessoas em uma selva repleta de câmeras, onde elas tentarão sobreviver por nove meses
Maurício Grego
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 17h31.
Última atualização em 16 de dezembro de 2016 às 17h33.
São Paulo – Um polêmico reality show russo pretende levar seus participantes ao limite da selvageria humana, permitindo que eles “lutem, matem e estuprem” em nome de sua sobrevivência – e para ganhar algo em torno de 5,5 milhões de reais.
Chamado de “Game 2: Winter”, o programa foi apelidado pela imprensa russa de Jogos Vorazes da vida real, uma comparação com o livro de aventura pós-apocalíptico escrito pela norte-americana Suzanne Collins.
Idealizado pelo milionário excêntrico Yevgeny Pyatkovsky, de 35 anos, o reality promete jogar 30 pessoas – metade delas homens, a outra metade mulheres – em uma selva repleta de câmeras na Sibéria, onde tentarão sobreviver por nove meses a ataques de ursos, lobos e temperaturas de até 40 graus negativos.
Para que possam resistir aos animais e também a seus oponentes, os participantes serão munidos de facas, mas não armas de fogo.
Em entrevista ao jornal Siberian Times, Pyatkovsky afirma que seu programa não se responsabilizará por aquilo que acontecer de mal aos aventureiros. Para isso, eles terão que assinar um contrato antes do início do jogo, assumindo os riscos de suas escolhas. O milionário lembra, contudo, que os participantes estarão sujeitos à aplicação das leis russas durante o programa.
Ainda de acordo com ele, cada pessoa carregará consigo um “botão do pânico”, ligado a um satélite. Assim, em caso de desistência, poderá apertá-lo e acionar o resgate por helicópteros. Aqueles que sobreviverem por nove meses dividirão o prêmio.
Pyatkovskyalega que já foi contatado por uma série de emissoras de televisão para a transmissão de seu reality e que o programa será traduzido simultaneamente em inglês, francês, alemão, espanhol, chinês e árabe.