Rajoy deve fracassar para formar governo em nova votação
Rajoy, presidente interino desde dezembro do ano passado, se submeterá hoje a uma segunda votação de posse perante o Congresso dos Deputados
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2016 às 08h21.
Madri - O candidato à reeleição como presidente do Governo espanhol , Mariano Rajoy, do conservador Partido Popular, não deve obter nesta sexta-feira, previsivelmente, os apoios necessários para formar um novo Gabinete na segunda votação que será realizada em 48 horas.
Rajoy, presidente interino desde dezembro do ano passado, se submeterá hoje a uma segunda votação de posse perante o Congresso dos Deputados.
A primeira foi na quarta-feira, quando, com 170 deputados, não conseguiu superar a maioria absoluta no parlamento, situada em 176.
Se a votação de hoje (depois das 15h, em Brasília) fracassar, como é possível prever, será iniciado o calendário para convocar novas eleições legislativas, que seriam as terceiras em um ano.
Rajoy, apoiado pelos liberais do partido Ciudadanos, somou 170 apoios na quarta-feira frente aos 180 votos contra. Tudo faz pensar que este resultado voltará a se repetir hoje.
O debate será breve: uma discurso de Rajoy de dez minutos que será seguido pelos dos responsáveis do resto dos grupos parlamentares, de apenas cinco minutos.
A partir de hoje, os partidos espanhóis dispõem de quase dois meses para evitar novo pleito, já que em 31 de outubro serão dissolvidas as Cortes para realizar terceiras eleições em 25 de dezembro, dia do Natal.
No entanto, o porta-voz do partido de Rajoy (PP), Rafael Hernando, prometeu que o governo "tomará medidas" para, em caso de novas eleições, encurtar a campanha e assim evitar que os espanhóis tenham que votar no dia assinalado.
Rajoy necessita hoje somar mais 'sims' do que nãos para que prospere sua posse como chefe de governo em uma câmara que conta com 350 deputados.
Seus 170 votos fixos procedem de seu próprio partido, o PP (137); dos Ciudadanos (32), força política com a qual assinou um acordo de posse, e de uma deputada nacionalista canária.
O resto de forças do Congresso somam 180 cadeiras: 85 do PSOE (socialistas), 71 da coalizão de esquerda Unidos Podemos, e 24 de partidos nacionalistas bascos e catalães.
Toda a pressão recai sobre o PSOE, liderado por Pedro Sánchez, cuja abstenção desbloquearia a situação, mas este se negou a dar seu voto a Rajoy.
No entanto, há vozes dentro do partido que pedem que seu principal órgão, o comitê federal, volte a se reunir para refletir sobre sua postura.
Este comitê federal decidiu há quase dois meses seu voto contra um novo governo do PP, mas desde então se produziram novidades, como o acordo entre os conservadores e os liberais, que conseguiram essas 170 cadeiras, faltando apenas seis para a maioria absoluta.
Os analistas políticos consideram que se Sánchez não tiver uma alternativa para oferecer ao parlamento, será difícil não facilitar, com uma abstenção total ou parcial, a formação de um novo governo que substitua ao atual, interino há quase 260 dias.
Madri - O candidato à reeleição como presidente do Governo espanhol , Mariano Rajoy, do conservador Partido Popular, não deve obter nesta sexta-feira, previsivelmente, os apoios necessários para formar um novo Gabinete na segunda votação que será realizada em 48 horas.
Rajoy, presidente interino desde dezembro do ano passado, se submeterá hoje a uma segunda votação de posse perante o Congresso dos Deputados.
A primeira foi na quarta-feira, quando, com 170 deputados, não conseguiu superar a maioria absoluta no parlamento, situada em 176.
Se a votação de hoje (depois das 15h, em Brasília) fracassar, como é possível prever, será iniciado o calendário para convocar novas eleições legislativas, que seriam as terceiras em um ano.
Rajoy, apoiado pelos liberais do partido Ciudadanos, somou 170 apoios na quarta-feira frente aos 180 votos contra. Tudo faz pensar que este resultado voltará a se repetir hoje.
O debate será breve: uma discurso de Rajoy de dez minutos que será seguido pelos dos responsáveis do resto dos grupos parlamentares, de apenas cinco minutos.
A partir de hoje, os partidos espanhóis dispõem de quase dois meses para evitar novo pleito, já que em 31 de outubro serão dissolvidas as Cortes para realizar terceiras eleições em 25 de dezembro, dia do Natal.
No entanto, o porta-voz do partido de Rajoy (PP), Rafael Hernando, prometeu que o governo "tomará medidas" para, em caso de novas eleições, encurtar a campanha e assim evitar que os espanhóis tenham que votar no dia assinalado.
Rajoy necessita hoje somar mais 'sims' do que nãos para que prospere sua posse como chefe de governo em uma câmara que conta com 350 deputados.
Seus 170 votos fixos procedem de seu próprio partido, o PP (137); dos Ciudadanos (32), força política com a qual assinou um acordo de posse, e de uma deputada nacionalista canária.
O resto de forças do Congresso somam 180 cadeiras: 85 do PSOE (socialistas), 71 da coalizão de esquerda Unidos Podemos, e 24 de partidos nacionalistas bascos e catalães.
Toda a pressão recai sobre o PSOE, liderado por Pedro Sánchez, cuja abstenção desbloquearia a situação, mas este se negou a dar seu voto a Rajoy.
No entanto, há vozes dentro do partido que pedem que seu principal órgão, o comitê federal, volte a se reunir para refletir sobre sua postura.
Este comitê federal decidiu há quase dois meses seu voto contra um novo governo do PP, mas desde então se produziram novidades, como o acordo entre os conservadores e os liberais, que conseguiram essas 170 cadeiras, faltando apenas seis para a maioria absoluta.
Os analistas políticos consideram que se Sánchez não tiver uma alternativa para oferecer ao parlamento, será difícil não facilitar, com uma abstenção total ou parcial, a formação de um novo governo que substitua ao atual, interino há quase 260 dias.