Quem é o suspeito por trás do massacre em escola na Flórida
Com 17 vítimas, tiroteio em massa é o mais violento desde o ocorrido na escola de Sandy Hook em 2012
Gabriela Ruic
Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 10h38.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2018 às 11h11.
São Paulo – Faltava pouco para terminar o período escolar da última quarta-feira, 14 de fevereiro, quando os alunos da Marjory Stoneman Douglas foram surpreendidos pelo soar do alarme de incêndio. Em seguida, no entanto, foi o barulho dos tiros que invadiu essa escola que fica na pequena cidade de Parkland, a cerca de 80 quilômetros de Miami ( Estados Unidos ).
Ao que tudo indica, o atirador ativou o alarme propositalmente. Segundo a polícia, tinha o objetivo de fazer com que alunos, professores e funcionários deixassem as salas de aula. Assim, se tornariam alvos mais fáceis para sua arma e facilitariam a sua fuga.
Ao todo, esse atirador matou 17 pessoas, fazendo do massacre omais violento desde o ocorrido na escola primária de Sandy Hook em 2012 (26 mortos, entre adultos e crianças). O suspeito? O ex-aluno Nikolas Cruz, de 19 anos. Ele foi preso e a polícia agora tenta entender as suas motivações.
Para tanto, vasculham a sua vida presente e passada, bem como suas atividades nas redes sociais, cujas contas já foram todas desativadas. O perfil que montaram, até o momento, é assustador: no YouTube, costumava deixar comentários ameaçadores em vídeos sobre armas, como “quero atirar nas pessoas com meu AR-15”. No Instagram, Cruz aparecia várias vezes com armas, rosto coberto e facas.
A arma usada por ele, diz a polícia, foi um fuzil tipo AR-15. De acordo com informações apuradas pela rede de notícias CNN, Cruz passou por todas as checagens previstas em lei para fazer essa aquisição. Durante o massacre, usou uma máscara e também carregava bombas de gás consigo.
Expulso da escola anos antes em razão de sua indisciplina, Cruz era proibido de frequentar o local portando mochilas. Essa última medida, contou um ex-professor, veio depois de terem sido encontrados fragmentos de balas em uma bolsa que levou para a aula após uma briga com outro aluno.
Cruz foi adotado por um casal enquanto ainda bebê. O pai, Roger Cruz, morreu em 2005 e a mãe, Lynda, em 2017. Desde então, vivia com a família de um amigo, que, segundo a polícia, está cooperando totalmente com as investigações. Foi descrito por ex-colegas como solitário e “louco por armas”.