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Quem é o magnata rival de Putin que não se livrou da prisão

Empresário, que já foi o homem mais rico da Rússia, conseguiu hoje apenas uma pequena redução de pena

Mikhail Khodorkovsky (em pé) e seu sócio Platon Lebedev na época do primeiro julgamento, em 2004 (Oleg Nikishin/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 15h04.

São Paulo – Nem só da banda punk feminina Pussy Riot é feita a lista de desafetos do presidente da Rússia , Vladimir Putin. Assim como acontece com as integrantes do grupo, atrás das grades há outro nome já incomodou muito o político: Mikhail Khodorkovsky, magnata que já foi o homem mais rico da Rússia.

Khodorkovsky foi preso em 2003, após se desentender com Putin (que cumpria outro mandato como presidente do país na época). Acusado de crimes como evasão fiscal e lavagem de dinheiro em mais de um julgamento, o magnata ficaria na cadeia até outubro de 2014, mas hoje recebeu um alívio pequeno, de dois meses, na sentença: ficará livre em agosto de 2014, dentro de um ano.

Platon Lebedev, sócio do magnata, também teve sua pena reduzida e deve deixar a prisão em maio.

A decisão veio após um recurso dos advogados de Khodorkovsky, que não ficaram satisfeitos com a redução e poderão entrar com mais um recurso.

As circunstâncias do julgamento de Khodorkovsky são questionadas pelos advogados, alguns analistas internacionais e outros opositores de Putin, que afirmam que o julgamento pode ter sido influenciado por motivos políticos.


A Corte Europeia de Direitos Humanos afirmou na semana passada que, embora alguns pontos do julgamento tenham sido injustos, a condenação foi feita dentro da lei.

Sobre a possível perseguição política, a corte “admitiu” que alguns oficiais tinham razões próprias para processar os acusados, mas que não tinha provas suficientes de que eles teriam tido outra condenação sem as questões políticas envolvidas.

A condenação mudou a vida (e a conta bancária) de Khodorkovsky. Antes da prisão, o magnata era um dos maiores acionistas de um grupo que inclui empresas gigantes da Rússia, como a petrolífera Yukos, a mineradora Apatit e o banco Menatep.

Suas companhias já renderam uma fortuna pessoal avaliada em 15 bilhões de dólares, o que já o colocou como o homem mais rico da Rússia e o 15º mais rico do mundo, segundo a revista Forbes e seu ranking de bilionários .

Líderes da oposição e familiares Khodorkovsky dizem que não acreditam na liberação do magnata ao final da pena, citando, novamente, as questões políticas com Putin.

Em entrevista para a jornalista Christiane Amanpour, da CNN, Pavel Khodorkovsky, filho do magnata, reforçou (antes da redução da pena) que não acreditava na liberação. “O Sr. Putin tem medo do meu pai. Por alguma razão ele tem medo de que meu pai seja seu adversário político, o que não é o caso. Meu pai nunca se envolveu diretamente com política”, disse.

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Khodorkovsky foi preso em 2003, após se desentender com Putin (que cumpria outro mandato como presidente do país na época). Acusado de crimes como evasão fiscal e lavagem de dinheiro em mais de um julgamento, o magnata ficaria na cadeia até outubro de 2014, mas hoje recebeu um alívio pequeno, de dois meses, na sentença: ficará livre em agosto de 2014, dentro de um ano.

Platon Lebedev, sócio do magnata, também teve sua pena reduzida e deve deixar a prisão em maio.

A decisão veio após um recurso dos advogados de Khodorkovsky, que não ficaram satisfeitos com a redução e poderão entrar com mais um recurso.

As circunstâncias do julgamento de Khodorkovsky são questionadas pelos advogados, alguns analistas internacionais e outros opositores de Putin, que afirmam que o julgamento pode ter sido influenciado por motivos políticos.


A Corte Europeia de Direitos Humanos afirmou na semana passada que, embora alguns pontos do julgamento tenham sido injustos, a condenação foi feita dentro da lei.

Sobre a possível perseguição política, a corte “admitiu” que alguns oficiais tinham razões próprias para processar os acusados, mas que não tinha provas suficientes de que eles teriam tido outra condenação sem as questões políticas envolvidas.

A condenação mudou a vida (e a conta bancária) de Khodorkovsky. Antes da prisão, o magnata era um dos maiores acionistas de um grupo que inclui empresas gigantes da Rússia, como a petrolífera Yukos, a mineradora Apatit e o banco Menatep.

Suas companhias já renderam uma fortuna pessoal avaliada em 15 bilhões de dólares, o que já o colocou como o homem mais rico da Rússia e o 15º mais rico do mundo, segundo a revista Forbes e seu ranking de bilionários .

Líderes da oposição e familiares Khodorkovsky dizem que não acreditam na liberação do magnata ao final da pena, citando, novamente, as questões políticas com Putin.

Em entrevista para a jornalista Christiane Amanpour, da CNN, Pavel Khodorkovsky, filho do magnata, reforçou (antes da redução da pena) que não acreditava na liberação. “O Sr. Putin tem medo do meu pai. Por alguma razão ele tem medo de que meu pai seja seu adversário político, o que não é o caso. Meu pai nunca se envolveu diretamente com política”, disse.

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