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Quem é Hunter Biden? Filho do presidente dos EUA foi condenado por porte ilegal de arma

Segundo filho do presidente dos Estados Unidos enfrentou a perda da mãe em um acidente de carro na infância e, anos depois, se envolveu em escândalos de adultério e uso de drogas ilícitas

Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, Joe Biden (Kent Nishimura/Getty Images)

Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, Joe Biden (Kent Nishimura/Getty Images)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 11 de junho de 2024 às 13h48.

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Na terça-feira, 11, Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi considerado culpado em um julgamento por todas as três acusações relacionadas à compra e posse de arma.

O veredito indica que o político e empresário infringiu leis federais que proíbem pessoas com dependência de drogas de possuírem armas de fogo. A sentença será determinada posteriormente pela juíza encarregada do caso e pode resultar em até 25 anos de prisão e multas de até US$ 750 mil.

Hunter Biden é acusado de declarar falsamente, ao adquirir um revólver calibre 38 em 2018, que não estava usando drogas ilícitas.

O julgamento ocorre durante a campanha de Joe Biden na busca pela reeleição e menos de duas semanas após a condenação por fraude contábil de Donald Trump, o provável candidato presidencial republicano em novembro.

Quem é Hunter Biden?

O advogado e lobista Robert Hunter Biden, de 54 anos, é o segundo filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele também é sócio da Rosemont Seneca Partners, uma empresa de consultoria internacional.

Infância

Hunter teve a infância marcada por uma tragédia ocorrida em 1972, quando ele sofreu um grave acidente de carro no qual morreram sua mãe e sua irmã mais nova. Ele e seu outro irmão, Beau, que faleceu em 2015 vítima de um câncer, foram os únicos sobreviventes.

Anos depois, o filho de Joe Biden estudou História na Universidade de Georgetown, em Washington, e obteve um mestrado em Direito na prestigiada Universidade de Yale, em 1996. Durante a juventudade, ele também tentou criar uma carreira como artista. No entanto, teve uma vida conturbada pelo divórcio, adultério, casos de alcoolismo e dependência de crack e cocaína.

Uso de drogas e álcool

Em entrevista à revista The New Yorker, em 2019, Hunter admitiu ter consumido álcool e diferentes tipos de drogas durante décadas. Ele chegou a ser expulso da Marinha dos EUA após testar positivo para cocaína em um exame.

A ex-esposa de Hunter, Kathleen, entrou com uma ação contra ele em 2017 e pediu à Justiça para congelar os bens do ex-marido alegando que ele "criou preocupações financeiras para família ao gastar de maneira extravagante em seus próprios interesses", que seriam, segundo a mulher, drogas, álcool, prostitutas, clubes de striptease e presentes para mulheres com as quais teve relações sexuais. No entanto, Hunter negou as acusações.

Em 2015, Kathleen, também mãe dos três filhos de Hunter, pediu divórcio após 24 anos de casamento com acusação de infidelidade.

Pouco depois, o filho de Joe Biden começou a sair com Hallie, a viúva do irmão falecido no mesmo ano devido a um câncer cerebral. Na época, o romance recebeu "apoio" de Biden e sua atual mulher, Jill.

Mas, Hunter e Hallie se separaram no início de 2019. Em maio, o filho do ex-vice-presidente se casou pela segunda vez com a diretora de cinema sul-africana Melissa Cohen.

Negócios suspeitos

Em 2020, o então presidente Donald Trump solicitou ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para investigar, com apoio das autoridades americanas, a atuação de Hunter Biden na Ucrânia.

O filho de Joe Biden fez parte do conselho de administração da empresa de gás ucraniana Burisma por cinco anos, como parte de uma "junta internacional de alto perfil" montada por Mykola Zlochevsky, empresário e ex-ministro de Ecologia do país. Ele integrou o grupo em 2014, na época em que seu pai era vice-presidente do governo de Barack Obama.

Apesar de o escândalo envolver as relações de Hunter com a Ucrânia, a vida profissional do filho de Biden foi impactada por outros escândalos. Quando estava no conselho do Programa Mundial de Alimentos dos EUA, Hunter sugeriu ao magnata chinês Ye Jiamming a utilização de "contatos" que ele possuía para identificar oportunidades de investimento.

Na mesma noite, Ye enviou um diamante de 2,8 quilates, avaliado em cerca de US$ 80 mil, ao quarto de Hunter. O filho de Biden descartou que o presente fosse, na verdade, um suborno, mas evitou ficar com a pedra preciosa e a repassou para seus sócios.

(Com AFP)

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