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Na Câmara dos Deputados, quem apoia e quem se opõe a mudanças na poupança?

Quase metade dos representantes declarou-se favorável a alterações

As maiores resistências concentram-se nos partidos de oposição, segundo o estudo (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)

As maiores resistências concentram-se nos partidos de oposição, segundo o estudo (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 17h20.

São Paulo – As recentes ameaças do governo de alterar o cálculo da rentabilidade da poupança encontram apoio na Câmara dos Deputados, segundo levantamento realizado pelo Instituto FSB. Dentre os 223 Deputados Federais entrevistados - integrantes de 19 dos 20 partidos que possuem representação na Câmara dos Deputados – 49% declararam-se favoráveis a alterações, quase metade. 

Do total, 31% foram contrários a alterações e 19% não responderam os mostraram dúvida em relação ao tema – uma porcentagem alta, segundo o estudo. 

O número de entrevistados de cada partido é proporcional ao tamanho de cada bancada. Os partidos PSOL, PMN, PHS e PRP tiveram apenas um entrevistado. Dentre os partidos com maior número de representantes, o PDT liderou entre os que apoiam a mudança, com 67% dos nove entrevistados a favor - mais do que no próprio PT, em que o apoio foi de 49% dos 35 deputados consultados.

As maiores resistências concentram-se nos partidos de oposição, segundo o estudo. O PSDB rejeita a possibilidade de mudança do cálculo e o DEM parece muito dividido, dentre seus nove deputados entrevistados, três foram favoráveis, três foram contra e três não responderam ou mostraram dúvida em relação ao tema. O PV liderou entre os opositores, com 60% dos cinco entrevistados contra possíveis mudanças.

A expectativa do mercado é que o governo anuncie amanhã uma nova regra para cálculo do rendimento da caderneta de poupança. As mudanças teriam sido discutidas hoje na reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda Guido Mantega.

Com a redução da Selic, a taxa básica de juros, para 9,0% na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o retorno de títulos públicos pode ficar inferior ao da poupança, após o desconto de impostos e taxas cobradas por administradores de recursos – o que pode levar investidores a optar pela poupança em detrimento da dívida do governo ou dos bancos. 

Veja como deputados de cada partido se posicionaram em relação ao tema:

Partido nº de deputados a favor contra não sabe/não respondeu
PSOL 1 100%  -  -
PMN 1 100%  -  -
PDT 9 67% 11% 22%
PSD 22 64% 27% 9%
PTB 10 60% 20% 20%
PCdoB 10 60% 10% 30%
PSC 7 57% 14% 29%
PSB 14 57% 21% 21%
PR 16 56% 31% 13%
PMDB 38 55% 29% 16%
PRB 4 50% 25% 25%
PT 35 49% 23% 29%
PP 11 45% 55%  - 
DEM 9 33% 33% 33%
PSDB 26 27% 50% 23%
PV 5 20% 60% 20%
PHS 1  -   -  100%
PRP 1  -   -  100%
PPS 3  -   100%   -
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