Quem chegou ao poder e quem saiu em 2012
Nesse ano, dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, só um deles não teve a possibilidade de trocar de comando
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h11.
São Paulo – Em 2012, dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, só um deles não teve a possibilidade (legal) de trocar de comando, o Reino Unido. Além desses, outros países também tiveram a oportunidade de mudar a liderança nesse ano. Clique nas imagens ao lado e veja sete países que realizaram eleições presidenciais em 2012.
A vitória foi mais estreita do que em 2008, mas ainda assim Barack Obama conseguiu manter sua cadeira de presidente, deixando para trás o candidato republicano, Mitt Romney. Desde 1929, nenhum presidente dos Estados Unidos tinha sido reeleito com uma taxa de desemprego acima de 7,2%, como ocorreu com Obama. No entanto, Obama continuará enfrentando um Congresso dividido. Assim que a vitória foi confirmada, Obama telefonou para líderes democratas e republicanos no Congresso e pediu para eles colocarem os interesses 'do povo e da economia' na frente dos interesses partidários. A primeira prova já veio, com a necessidade do acordo orçamentário.
Uma semana após a decisão democrática nos Estados Unidos, foi a vez de a China decidir seu líder – a escolha, no entanto, fica nas mãos do partido, não da população. Mas já era previsível quem seria o escolhido. No começo de novembro, o Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês definiu oficialmente quem vai comandar a China pelos próximos dez anos: Xi Jinping. Se tudo correr como o planejado, ele estará à frente da China quando ela ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo. O novo líder chinês assume em março de 2013.
Assim como Obama, Nicolas Sarkozy também buscou a reeleição em 2012. Mas o resultado foi diferente. Com 51,6% dos votos nas urnas, o socialista François Hollande foi eleito presidente. Hollande assumiu o cargo no dia 15 de maio. Após eleito, ele confirmou seu objetivo de redução do déficit público da França a 3% do PIB em 2013. Logo após a eleição, ainda antes da posse, os mercados financeiros ficaram nervosos com as políticas de Hollande e com a possibilidade de uma reação às medidas de austeridade impulsionadas pela Alemanha.
Vladimir Putin voltou ao poder no primeiro turno, em março, com 63,75% dos votos. No entanto, o retorno foi alvo de protestos, em decorrência da acusação de irregularidades na apuração do resultado. Putin já presidiu o Kremlin durante oito anos (2000-2008), depois exerceu o cargo de primeiro ministro por quatro anos e será presidente durante os próximos seis anos. Em 2018, ele poderá concorrer novamente, o que abre a possibilidade de que Putin mantenha-se na presidência até 2024.
Em 2012, o Egito escolheu seu primeiro presidente após a queda de Hosni Mubarak, ocorrida em fevereiro de 2011. Mohammed Mursi, do grupo islamita Irmandade Muçulmana, obteve 51,73% dos votos válidos. Com a vitória, a irmandade muçulmana chegou à presidência pela primeira vez em seus 84 anos. Depois do fechamento dos colégios eleitorais, tanto Mursi quanto seu oponente, Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro de Mubarak, comemoraram a vitória. Mas, depois da apuração, foi comprovado que Mursi era o vencedor.
Enrique Peña Nieto venceu as eleições locais com 38,21% dos votos - o esquerdista Andrés Manuel López Obrador ficou em segundo, com 31,59%. A eleição foi polêmica. Obrador acusou o PRI, partido de Nieto, de ter comprado votos. Nieto assumiu a presidência no primeiro dia de dezembro. O novo presidente enfrenta o mesmo desafio de Barack Obama, a falta de maioria parlamentar, o que dificulta a aprovação de alguns projetos.
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