Queda de preço do etanol era esperada, diz Sindicom
Além do álcool, redução na gasolina pode chegar aos consumidores já nos próximos dias, segundo o sindicato das empresas que distribuem o combustível
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 14h48.
Rio de Janeiro - A redução de preços da gasolina e do etanol anunciada pelas distribuidoras BR e Ipiranga para revendedores do Estado de São Paulo já era esperada, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras e Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). Com o início da safra de cana-de-açúcar, os valores do etanol nas usinas caíram e devem ser repassados aos revendedores, que já estariam vendendo o álcool mais barato nas bombas. A redução na gasolina poderia chegar aos consumidores já nos próximos dias.
O presidente do Sindicom, Alísio Vaz, afirmou que, desde o momento de pico, no fim de março, o preço do etanol hidratado já caiu 60% nas usinas. No mesmo período, o preço do etanol anidro (que é adicionado à gasolina) recuou quase 30%. "Há uma defasagem de tempo, que pode chegar a duas semanas, entre a queda nas usinas e a redução dos preços nas bombas", explicou Vaz, ressaltando que não há pressão do governo para redução dos preços. "Não houve nenhum comunicado para as associadas. Desconheço qualquer tipo de mensagem. Essa redução é coerente com a queda do preço do etanol."
Segundo Vaz, desde o início de janeiro até a semana passada, a gasolina teve um aumento médio no território nacional de R$ 0,31. Com a alta do anidro no mesmo período, o aumento potencial no preço da gasolina seria de R$ 0,37. "Ou seja, o preço da gasolina está dentro do esperado", defendeu.
Vaz comentou a iniciativa do Ministério da Justiça de abrir um processo contra a BR Distribuidora por causa de sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis no Distrito Federal. O presidente do Sindicom afirma que não há nenhuma possibilidade de cartel entre as distribuidoras. "As distribuidoras são empresas tradicionalmente muito competitivas, com preços muito competitivos", disse.
Cortes
"A gasolina subiu porque o álcool subiu. E está baixando porque o álcool está baixando", disse hoje, em rápida entrevista, o presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto. Evitando entrar em detalhes sobre projeções de novos cortes de preço, na medida em que o preço do álcool venha a cair mais com a normalização da safra e da produção, Lima Neto lembrou apenas que o preço da gasolina permanece inalterado nas refinarias e que as oscilações no mercado devem-se unicamente à parcela de 25% de álcool na fórmula do combustível.
Ele não comentou a abertura de processo contra a BR na Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça. "A BR trabalha com responsabilidade e seriedade. E não é de hoje, é desde sempre", disse.
Rio de Janeiro - A redução de preços da gasolina e do etanol anunciada pelas distribuidoras BR e Ipiranga para revendedores do Estado de São Paulo já era esperada, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras e Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). Com o início da safra de cana-de-açúcar, os valores do etanol nas usinas caíram e devem ser repassados aos revendedores, que já estariam vendendo o álcool mais barato nas bombas. A redução na gasolina poderia chegar aos consumidores já nos próximos dias.
O presidente do Sindicom, Alísio Vaz, afirmou que, desde o momento de pico, no fim de março, o preço do etanol hidratado já caiu 60% nas usinas. No mesmo período, o preço do etanol anidro (que é adicionado à gasolina) recuou quase 30%. "Há uma defasagem de tempo, que pode chegar a duas semanas, entre a queda nas usinas e a redução dos preços nas bombas", explicou Vaz, ressaltando que não há pressão do governo para redução dos preços. "Não houve nenhum comunicado para as associadas. Desconheço qualquer tipo de mensagem. Essa redução é coerente com a queda do preço do etanol."
Segundo Vaz, desde o início de janeiro até a semana passada, a gasolina teve um aumento médio no território nacional de R$ 0,31. Com a alta do anidro no mesmo período, o aumento potencial no preço da gasolina seria de R$ 0,37. "Ou seja, o preço da gasolina está dentro do esperado", defendeu.
Vaz comentou a iniciativa do Ministério da Justiça de abrir um processo contra a BR Distribuidora por causa de sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis no Distrito Federal. O presidente do Sindicom afirma que não há nenhuma possibilidade de cartel entre as distribuidoras. "As distribuidoras são empresas tradicionalmente muito competitivas, com preços muito competitivos", disse.
Cortes
"A gasolina subiu porque o álcool subiu. E está baixando porque o álcool está baixando", disse hoje, em rápida entrevista, o presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto. Evitando entrar em detalhes sobre projeções de novos cortes de preço, na medida em que o preço do álcool venha a cair mais com a normalização da safra e da produção, Lima Neto lembrou apenas que o preço da gasolina permanece inalterado nas refinarias e que as oscilações no mercado devem-se unicamente à parcela de 25% de álcool na fórmula do combustível.
Ele não comentou a abertura de processo contra a BR na Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça. "A BR trabalha com responsabilidade e seriedade. E não é de hoje, é desde sempre", disse.