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Queda de desmatamento no Brasil deve influenciar negociações

Redução da emissão de gases de efeito estufa em países emergentes pode ser aproveitada para pressionar nações desenvolvidas

Árvore cortada: a redução no desmatamento fez com que o Brasil chegasse mais perto da meta estabelecida em Copenhague em 2009 (Ana Cotta/ CreativeCommons)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 16h02.

Doha - O anúncio da redução de 27% da taxa de desmatamento nesta terça-feira (27) deve ser usado pelo Brasil nas negociações do clima para pedir mais ambição dos países desenvolvidos em seus esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa. André Corrêa do Lago, chefe da negociação brasileira na Conferência do Clima das Nações Unidas, que chegou a ser aplaudido quando fez o anúncio em plenária, disse à imprensa que esta é uma indicação muito forte de como os países em desenvolvimento estão cumprindo seus compromissos.

"Estamos falando da redução da maior fonte de emissões que o Brasil tinha. O desmatamento respondia por mais de 60% das nossas emissões. Acredito que os países desenvolvidos têm de ver que se os países em desenvolvimento podem trazer resultados, eles podem fazer ainda mais do que estão fazendo agora. Acho que essa notícia pode ter um impacto na negociação nesse sentido."

Lago disse ainda que está é "uma demonstração de que os países em desenvolvimento estão fazendo tudo o que disseram que iam fazer nesta convenção. E os países desenvolvidos não estão entregando o que concordaram em fazer."

Com essa redução, o Brasil se aproxima da meta voluntária acordada em 2009, na COP do Clima de Copenhague, de chegar a 2020 com uma taxa de desmatamento de 3.907 km quadrado, 80% menor do que poderia estar se a taxa média de desmatamento verificada entre 1996 e 2005 continuasse crescendo no ritmo anterior. O Brasil está agora a 4% de atingir o patamar. Questionado se com esse cumprimento antecipado o Brasil poderia renovar seus compromissos ou mudar o foco das ações para outras áreas que também emitem, ele deu sinais de que não.

"O fato é que a redução de desmatamento é um processo de longo prazo. Ter reduzido agora não significa que ainda não seja necessário um enorme esforço para continuar nesse ritmo e ter certeza que ele será mantido. É um processo em andamento e temos de ter certeza que vamos ter um desenvolvimento sustentável nessas áreas. Uma nova lógica precisa ser criada." A repórter viaja a convite da Convenção do Clima (UNFCCC)

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"Estamos falando da redução da maior fonte de emissões que o Brasil tinha. O desmatamento respondia por mais de 60% das nossas emissões. Acredito que os países desenvolvidos têm de ver que se os países em desenvolvimento podem trazer resultados, eles podem fazer ainda mais do que estão fazendo agora. Acho que essa notícia pode ter um impacto na negociação nesse sentido."

Lago disse ainda que está é "uma demonstração de que os países em desenvolvimento estão fazendo tudo o que disseram que iam fazer nesta convenção. E os países desenvolvidos não estão entregando o que concordaram em fazer."

Com essa redução, o Brasil se aproxima da meta voluntária acordada em 2009, na COP do Clima de Copenhague, de chegar a 2020 com uma taxa de desmatamento de 3.907 km quadrado, 80% menor do que poderia estar se a taxa média de desmatamento verificada entre 1996 e 2005 continuasse crescendo no ritmo anterior. O Brasil está agora a 4% de atingir o patamar. Questionado se com esse cumprimento antecipado o Brasil poderia renovar seus compromissos ou mudar o foco das ações para outras áreas que também emitem, ele deu sinais de que não.

"O fato é que a redução de desmatamento é um processo de longo prazo. Ter reduzido agora não significa que ainda não seja necessário um enorme esforço para continuar nesse ritmo e ter certeza que ele será mantido. É um processo em andamento e temos de ter certeza que vamos ter um desenvolvimento sustentável nessas áreas. Uma nova lógica precisa ser criada." A repórter viaja a convite da Convenção do Clima (UNFCCC)

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