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Quase 500 imigrantes são liberados de centros de detenção nos EUA

Segundo o departamento americano de Imigração, 470 pessoas estavam retidas nos dois centros de detenção privados

Imigrantes: os imigrantes irregulares normalmente são liberados destes centros após a análise de seus casos (Jorge Duenes/Reuters)
A

AFP

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 10h13.

Quase 500 crianças e mulheres que entraram clandestinamente nos Estados Unidos foram libertados de dois centros de detenção do Texas, sul dos Estados Unidos, após a justiça considerar ilegal a retenção de menores, anunciou nesta terça-feira uma organização de defesa de imigrantes.

Exatamente 470 pessoas estavam retidas nos dois centros de detenção privados, segundo o departamento americano de Imigração , que confirmou sua libertação.

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Os imigrantes irregulares que buscam asilo nos Estados Unidos normalmente são liberados destes centros após a análise de seus casos, mas o volume de pessoas soltas neste final de semana é incomum, segundo a Refugee and Immigrant Center for Education and Legal Services (RAICES, por sua sigla em inglês).

"Sabemos, em comparação com a média de pessoas que liberam normalmente, que as liberações deste final de semana não são nada normais", explicou Amy Fischer,responsável da RAICES, destacando que saíram quatro vezes mais pessoas.

"Estão em processo de expulsá-los, colocando-os em aviões ou ônibus", lamentou Fischer.

O episódio ocorre após a decisão, na sexta-feira, do juiz Karin Crump, do condado texano de Travis, segundo a qual estes centros não podem ser considerados locais propícios para crianças.

O departamento de Imigração disse em um comunicado que as liberações estavam "programadas como parte das operações normais e não atendem à decisão do tribunal".

O governo do presidente Barack Obama adotou em 2014 a retenção de crianças com suas mães em situação ilegal em centros de detenção durante o período de análise da solicitação de asilo.

Neste ano ocorreu um pico na chegada aos Estados Unidos de menores refugiados, a maioria escapando da violência na América Central.

Segundo Fischer, ao menos um quarto dos retidos não foram ouvidos para averiguar seus temores de perseguição ou tortura nos países de origem, requisito para se conceder asilo.

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