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Quarteto pede ajuda aos territórios palestinos

O plano financeiro foi o protagonista do encontro dos representantes do Quarteto, formado pelos Estados Unidos, a União Europeia (UE), Rússia e a ONU

No encontro, pediram à comunidade internacional que atende ''aos desafios fiscais'' da ANP ''garantindo a contribuição de US$ 1,1 bilhão em assistência em 2012'' (Chris Hondros/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 19h19.

Washington - O Quarteto para o Oriente Médio fechou nesta quarta-feira sua reunião em Washington com o pedido de ajuda financeira para as autoridades palestinas, mas sem grandes avanços no desbloqueio das negociações de paz, estagnadas desde 2010.

O plano financeiro, e não tanto o político, foi o protagonista do encontro dos representantes do Quarteto, formado pelos Estados Unidos, a União Europeia (UE), Rússia e a ONU , que haviam se reunido pela última vez em 9 de março em Nova York.

A reunião foi fechada com o comunicado assinado pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton; a alta representante para as Relações Exteriores e Polícia de Segurança da União Europeia (UE), Catherine Ashton; o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.

No encontro, pediram à comunidade internacional que atende ''aos desafios fiscais'' da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ''garantindo a contribuição de US$ 1,1 bilhão em assistência em 2012''.

A medida, com o objetivo de diminuir as milionárias dívidas em empréstimos bancários da ANP, foi a proposta mais concreta do comunicado que pediu a israelenses e palestinos ''trabalharem juntos de forma construtiva'' para ''expandir as oportunidades econômicas para os palestinos''.

Para dar exemplo, os Estados Unidos anunciaram a doação imediata de US$ 80 milhões em fundos de assistência que permaneciam retidos até agora no Congresso, indicou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.


Com relação ao desbloqueio das negociações, o Quarteto reafirmou o ''apoio'' ao processo de mediação da Jordânia, que começou em janeiro, mas não deu resultado, em grande parte pela recusa dos territórios palestinos em conversar com Israel enquanto este continuar a expansão dos assentamentos em territórios ocupados.

O Quarteto se mostrou ''preocupado pelas ações unilaterais e provocativas de ambas as partes, incluída a continuidade dos assentamentos''. Ressaltou que nenhum desses atos ''pode condicionar o resultado das negociações, que são a única via para uma solução justa e duradoura''.

Ao mesmo tempo, condenou ''os ataques com foguetes a partir de Gaza'' para Israel, e lamentou a ''crescente fragilidade dos eventos no terreno''.

Para avançar em direção às negociações diretas, os ministros pediram as partes ''evitarem ações que possam prejudicar a confiança'' e ''concentrarem-se em esforços positivos que possam melhorar o clima'' apropriado para as conversas.

O método para esse processo continua sendo, conforme o comunicado, a proposta que o Quarteto emitiu em 23 de setembro, justo depois de os palestinos pedirem a admissão como estado-membro na ONU.

Os representantes ''reafirmaram seu compromisso com todos os elementos'' dessa declaração, que pedia avanços claros nos assuntos mais espinhosos, os de fronteiras e segurança, com o objetivo de alcançar um tratado de paz antes do fim deste ano.


Perguntada se o prazo se mantém apesar das dificuldades, a porta-voz do Departamento de Estado declarou aos jornalistas que ''essa é, obviamente, a aspiração do Quarteto e há horizonte''.

Na reunião desta quarta-feira, que aconteceu aproveitando o encontro de ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Oito (G8, que reúne os países ricos) em Washington, participaram também o enviado especial do Quarteto, Tony Blair, e o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, quem informou aos representantes sobre os esforços de mediação de seu país.

Além disso, a reunião ocorreu três dias depois de o presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmar que voltará a atuar nas Nações Unidas se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não fizer esforços no prazo de um mês para desbloquear as negociações de paz.

Com sua aspiração de ser aceito como estado-membro estagnada no Conselho de Segurança devido à ameaça de veto dos Estados Unidos, os palestinos podem agora recorrer à Assembleia Geral para serem admitidos como estado não-membro, em lugar do status de observador que têm atualmente.

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O plano financeiro, e não tanto o político, foi o protagonista do encontro dos representantes do Quarteto, formado pelos Estados Unidos, a União Europeia (UE), Rússia e a ONU , que haviam se reunido pela última vez em 9 de março em Nova York.

A reunião foi fechada com o comunicado assinado pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton; a alta representante para as Relações Exteriores e Polícia de Segurança da União Europeia (UE), Catherine Ashton; o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.

No encontro, pediram à comunidade internacional que atende ''aos desafios fiscais'' da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ''garantindo a contribuição de US$ 1,1 bilhão em assistência em 2012''.

A medida, com o objetivo de diminuir as milionárias dívidas em empréstimos bancários da ANP, foi a proposta mais concreta do comunicado que pediu a israelenses e palestinos ''trabalharem juntos de forma construtiva'' para ''expandir as oportunidades econômicas para os palestinos''.

Para dar exemplo, os Estados Unidos anunciaram a doação imediata de US$ 80 milhões em fundos de assistência que permaneciam retidos até agora no Congresso, indicou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.


Com relação ao desbloqueio das negociações, o Quarteto reafirmou o ''apoio'' ao processo de mediação da Jordânia, que começou em janeiro, mas não deu resultado, em grande parte pela recusa dos territórios palestinos em conversar com Israel enquanto este continuar a expansão dos assentamentos em territórios ocupados.

O Quarteto se mostrou ''preocupado pelas ações unilaterais e provocativas de ambas as partes, incluída a continuidade dos assentamentos''. Ressaltou que nenhum desses atos ''pode condicionar o resultado das negociações, que são a única via para uma solução justa e duradoura''.

Ao mesmo tempo, condenou ''os ataques com foguetes a partir de Gaza'' para Israel, e lamentou a ''crescente fragilidade dos eventos no terreno''.

Para avançar em direção às negociações diretas, os ministros pediram as partes ''evitarem ações que possam prejudicar a confiança'' e ''concentrarem-se em esforços positivos que possam melhorar o clima'' apropriado para as conversas.

O método para esse processo continua sendo, conforme o comunicado, a proposta que o Quarteto emitiu em 23 de setembro, justo depois de os palestinos pedirem a admissão como estado-membro na ONU.

Os representantes ''reafirmaram seu compromisso com todos os elementos'' dessa declaração, que pedia avanços claros nos assuntos mais espinhosos, os de fronteiras e segurança, com o objetivo de alcançar um tratado de paz antes do fim deste ano.


Perguntada se o prazo se mantém apesar das dificuldades, a porta-voz do Departamento de Estado declarou aos jornalistas que ''essa é, obviamente, a aspiração do Quarteto e há horizonte''.

Na reunião desta quarta-feira, que aconteceu aproveitando o encontro de ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Oito (G8, que reúne os países ricos) em Washington, participaram também o enviado especial do Quarteto, Tony Blair, e o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, quem informou aos representantes sobre os esforços de mediação de seu país.

Além disso, a reunião ocorreu três dias depois de o presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmar que voltará a atuar nas Nações Unidas se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não fizer esforços no prazo de um mês para desbloquear as negociações de paz.

Com sua aspiração de ser aceito como estado-membro estagnada no Conselho de Segurança devido à ameaça de veto dos Estados Unidos, os palestinos podem agora recorrer à Assembleia Geral para serem admitidos como estado não-membro, em lugar do status de observador que têm atualmente.

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