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Quanto tempo pode durar a guerra na Ucrânia? Chefe da Otan faz alerta

Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a guerra exige preparação de longo prazo tanto de apoio à Ucrânia como para a manutenção das sanções

Trostianets, perto da fronteira com a Rússia, no nordeste: uma das primeiras cidades a cair foi recapturada no fim de semana (AFP/AFP)

Trostianets, perto da fronteira com a Rússia, no nordeste: uma das primeiras cidades a cair foi recapturada no fim de semana (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 6 de abril de 2022 às 12h35.

Última atualização em 6 de abril de 2022 às 13h24.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não desistiu de tomar toda a Ucrânia, e a guerra pode durar "meses, até anos" — alertou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, nesta quarta-feira, 6.

"Temos de ser realistas. A guerra pode durar muito tempo, vários meses, até anos. É a razão pela qual também temos de estar preparados para um longo percurso, tanto no que diz respeito ao apoio à Ucrânia como na manutenção das sanções e no fortalecimento de nossas defesas", declarou Stoltenberg, antes do início de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Aliança Atlântica.

"Não vemos nenhum indício de que Putin tenha mudado seu objetivo de controlar toda a Ucrânia", destacou.

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Uma reunião do G7 está prevista para acontecer na sede da Otan, à margem de um encontro da Aliança Transatlântica que contará com a presença do chanceler japonês, Yoshimasa Hayashi. O fortalecimento das sanções impostas à Rússia é o principal tema da pauta.

"A Ucrânia precisa urgentemente de apoio militar, e é por isso que é tão importante que os aliados da Otan concordem em continuar apoiando a Ucrânia com vários tipos de equipamentos militares, tanto equipamentos mais pesados como sistemas de armas leves", defendeu Stoltenberg, acreditando que a ajuda prestada até agora teve "um efeito real".

"Independentemente de quando a guerra acabar, [o conflito] terá implicações de longo prazo para nossa segurança. Porque vimos a brutalidade. Vimos a disposição do presidente Putin de usar a força militar para atingir seus objetivos. E isso mudou a realidade da segurança na Europa por muitos, muitos anos”, acrescentou.

"Pedimos aos comandantes militares que forneçam opções aos líderes políticos para que possam tomar decisões para restabelecer a capacidade de defesa e de dissuasão da Aliança", convocou.

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