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Pyongyang recebe estrangeiros apesar de recomendar retirada

As delegações estrangeiras compareceram para celebrar nos próximos dias o aniversário do fundador norte-coreano, Kim Il-sung


	Coreia do Norte: contraditoriamente, na sexta-feira passada, o país recomendou às embaixadas estrangeiras em Pyongyang que retirassem seus funcionários
 (AFP)

Coreia do Norte: contraditoriamente, na sexta-feira passada, o país recomendou às embaixadas estrangeiras em Pyongyang que retirassem seus funcionários (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 09h25.

Seul - A Coreia do Norte informou nesta sexta-feira que recebeu delegações estrangeiras para celebrar nos próximos dias o aniversário do seu fundador, Kim Il-sung, apesar da recente recomendação do regime às embaixadas para que evacuassem seus funcionários perante uma "guerra iminente".

A agência estatal norte-coreana "KCNA" detalhou que os representantes que chegaram a Pyongyang pertencem a organizações de países como Rússia, Mongólia, França e República Democrática do Congo afins à ideologia "juche", uma variação do socialismo baseada na autossuficiência criada pelo próprio Kim Il-sung, avô do atual líder, Kim Jong-un.

Além dos festejos para celebrar o 101º aniversário do nascimento de Kim Il Sung, cujo aniversário, denominado "Dia do Sol", é celebrado todo dia 15 de abril, a Coreia do Norte decidiu realizar sua maratona internacional anual.

Participarão da prova de atletismo, que acontecerá em 14 de abril em Pyongyang, corredores de países como Ucrânia, Itália, África do Sul e Egito que, segundo a agência, já se encontram em território norte-coreano.

A "KCNA" anunciou também que chegaram a Pyongyang "alguns convidados chineses para participar do 15º Festival da Kimilsungia", uma flor especialmente criada em homenagem a Kim Il-sung neste país caracterizado pelo extremo culto à personalidade dos seus dirigentes.

Os anúncios sobre as celebrações e a chegada de convidados estrangeiros ao país contrastam com as contínuas ameaças proferidas nos últimos dias pelo regime de Kim Jong-un, que assegurou em várias ocasiões que a guerra total pode começar a qualquer momento.

Por isso, na sexta-feira passada a Coreia do Norte recomendou às embaixadas estrangeiras em Pyongyang que retirassem seus funcionários sob o argumento de que a partir de 10 de abril não poderia garantir sua segurança.

O regime comunista voltou à carga na terça-feira e aconselhou os estrangeiros residentes na vizinha Coreia do Sul a prepararem planos de evacuação perante a possibilidade de uma "guerra iminente". 

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