Putin presidirá Fórum Ártico após incidente com Greenpeace
O presidente russo, Vladimir Putin, presidirá o III Fórum Internacional Ártico, coincidindo com o incidente da captura do navio do Greenpeace "Arctic Sunrise"
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 09h51.
Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , presidirá na quarta-feira o III Fórum Internacional Ártico na cidade siberiana de Salejard, coincidindo com o incidente da captura do navio do Greenpeace "Arctic Sunrise" em águas árticas.
"Os participantes abordarão os possíveis cenários da mudança climática no Ártico, os atuais níveis de poluição e o impacto da explosão industrial na vida dos povos aborígines", informou Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, citado pelas agências locais.
Além disso, Ushakov acrescentou que será debatida a regulamentação jurídica da proteção do entorno natural do Ártico, região que, segundo os especialistas, acolhe uma quarta parte das reservas mundiais de petróleo e gás, e grandes jazidas de metais e carvão.
"Trocaremos opiniões sobre como juntar os esforços dos Estados, da comunidade científica e das empresas para a conservação do Ártico e a liquidação das consequências ecológicas das atividades econômicas", disse.
Por sua vez, o explorador e vice-presidente de Sociedade Geográfica Russa, Artur Chilingárov, destacou que a escolha de Salejard, capital do distrito autônomo de Yamalo-Nenets (região de Tiumén), como sede do fórum não é casual.
"Salejard se encontra no centro de uma jazida de petróleo e gás, por isso que ali são grandes os problemas da segurança ecológica. A cidade é um exemplo da política ecológica responsável no Ártico", afirmou.
Enquanto isso, o Comitê de Instrução da Rússia anunciou hoje que iniciou um processo por pirataria contra a tripulação do "Arctic Sunrise" do Greenpeace, que chegou na semana passada na exploração petrolífera ártica "Prirazlómnaya" do consórcio russo Gazprom.
O navio do Greenpeace, cuja tripulação foi detida na quinta-feira pela guarda-costeira russa em águas do Ártico, chegou hoje rebocado ao porto de Murmansk.
Mais de 50 ONGs (ONG) e 370 mil pessoas de todo o mundo assinaram pedidos exigindo a libertação da tripulação do navio do Greenpeace, organização que advoga para transformar o Ártico em uma reserva natural na qual seria proibido explorar seus ingentes recursos energéticos.
A guarda de fronteiras russa abriu fogo de advertência contra o "Arctic Sunrise" e deteve o navio depois que ativistas do Greenpeace partissem da embarcação em lanchas rumo à Prirazlómnaya para iniciar um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.
A Gazprom planeja começar a produção de petróleo nessa plataforma no primeiro trimestre de 2014, o que, segundo a ONG, aumenta o risco de que haja produza vazamento de petróleo em uma área que contém três reservas naturais protegidas pela própria legislação russa.
Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , presidirá na quarta-feira o III Fórum Internacional Ártico na cidade siberiana de Salejard, coincidindo com o incidente da captura do navio do Greenpeace "Arctic Sunrise" em águas árticas.
"Os participantes abordarão os possíveis cenários da mudança climática no Ártico, os atuais níveis de poluição e o impacto da explosão industrial na vida dos povos aborígines", informou Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, citado pelas agências locais.
Além disso, Ushakov acrescentou que será debatida a regulamentação jurídica da proteção do entorno natural do Ártico, região que, segundo os especialistas, acolhe uma quarta parte das reservas mundiais de petróleo e gás, e grandes jazidas de metais e carvão.
"Trocaremos opiniões sobre como juntar os esforços dos Estados, da comunidade científica e das empresas para a conservação do Ártico e a liquidação das consequências ecológicas das atividades econômicas", disse.
Por sua vez, o explorador e vice-presidente de Sociedade Geográfica Russa, Artur Chilingárov, destacou que a escolha de Salejard, capital do distrito autônomo de Yamalo-Nenets (região de Tiumén), como sede do fórum não é casual.
"Salejard se encontra no centro de uma jazida de petróleo e gás, por isso que ali são grandes os problemas da segurança ecológica. A cidade é um exemplo da política ecológica responsável no Ártico", afirmou.
Enquanto isso, o Comitê de Instrução da Rússia anunciou hoje que iniciou um processo por pirataria contra a tripulação do "Arctic Sunrise" do Greenpeace, que chegou na semana passada na exploração petrolífera ártica "Prirazlómnaya" do consórcio russo Gazprom.
O navio do Greenpeace, cuja tripulação foi detida na quinta-feira pela guarda-costeira russa em águas do Ártico, chegou hoje rebocado ao porto de Murmansk.
Mais de 50 ONGs (ONG) e 370 mil pessoas de todo o mundo assinaram pedidos exigindo a libertação da tripulação do navio do Greenpeace, organização que advoga para transformar o Ártico em uma reserva natural na qual seria proibido explorar seus ingentes recursos energéticos.
A guarda de fronteiras russa abriu fogo de advertência contra o "Arctic Sunrise" e deteve o navio depois que ativistas do Greenpeace partissem da embarcação em lanchas rumo à Prirazlómnaya para iniciar um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.
A Gazprom planeja começar a produção de petróleo nessa plataforma no primeiro trimestre de 2014, o que, segundo a ONG, aumenta o risco de que haja produza vazamento de petróleo em uma área que contém três reservas naturais protegidas pela própria legislação russa.