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Putin ordena reforço de segurança após assassinato de embaixador

Putin também pediu uma cooperação mais próxima com os serviços secretos de outros países para prevenir atentados terroristas como o de Berlim

Putin: "A resposta ao assassinato do embaixador russo na Turquia será o reforço da luta contra o terrorismo" (Alexei Nikolsky/AFP)

Putin: "A resposta ao assassinato do embaixador russo na Turquia será o reforço da luta contra o terrorismo" (Alexei Nikolsky/AFP)

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EFE

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 15h50.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta terça-feira o reforço das medidas de segurança dentro e fora do país após o assassinato do embaixador russo em Ancara e o atentado terrorista em Berlim, ambos na segunda-feira.

"Peço aos serviços secretos que adotem medidas adicionais para garantir a segurança dentro da Rússia e no exterior, além do reforço da segurança das delegações diplomáticas no exterior e de seus funcionários", disse o governante, segundo a imprensa local.

Putin pediu uma cooperação mais próxima com os serviços secretos de outros países para prevenir atentados terroristas como o ocorrido contra uma feira de Natal na capital alemã, que deixou 12 mortos.

"Entre outras medidas, é preciso neutralizar os terroristas e seus líderes, prevenir atos terroristas e fechar seus canais de financiamento", disse.

De acordo com o líder russo, causou uma grande "dor" o "vil" assassinato do embaixador russo em Ancara, Andrei Karlov, baleado por um policial turco como vingança pela participação da Rússia em Aleppo.

Putin condenou o atentado em Berlim e voltou a lembrar sua proposta de "unir esforços para a luta contra o terrorismo internacional": "só assim poderemos vencer", insistiu.

Logo após saber da morte de Karlov, embaixador na Turquia desde 2013, Putin declarou que "o crime é, sem dúvidas, uma provocação destinada a abortar a normalização das relações russo-turcas e prejudicar o processo de paz na Síria".

"A resposta ao assassinato do embaixador russo na Turquia será o reforço da luta contra o terrorismo. E os bandidos o sentirão em suas próprias carnes", destacou.

Segundo a imprensa local, a Rússia perdeu 23 militares na Síria, entre eles duas mulheres médicas em um recente ataque terrorista nos arredores de Aleppo, desde o início da intervenção no país em setembro de 2015.

Os jihadistas também mataram 224 pessoas ao explodirem uma bomba em um avião com turistas russos que retornava do Egito e que caiu na Península do Sinai em outubro de 2015.

Em território russo, o último grande atentado islamita aconteceu em dezembro de 2013, quando dois ataques suicidas causaram 34 mortes na cidade de Volgogrado.

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