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Putin nega restrições sobre circulação de capitais e divisas

O presidente da Rússia disse que o país não vai impor restrições à circulação de capitais e divisas em seu território, em resposta às sanções econômicas

Presidente russo, Vladimir Putin: "não aumentamos a pressão fiscal sobre os negócios" (Mikhail Klimentyev/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 08h45.

Moscou - O presidente da Rússia , Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira que o país não imporá restrições à circulação de capitais e divisas em seu território, em resposta às sanções econômicas contra Moscou impostas pelo Ocidente por causa da crise na Ucrânia .

"Queria ressaltar particularmente que apesar das dificuldades (que a Rússia experimenta devido às sanções) não aumentamos a pressão fiscal sobre os negócios", disse o presidente russo em um fórum econômico.

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Ele acrescentou que Moscou também não planeja "aplicar quaisquer limitações a divisas ou restrições ao movimento de capitais".

Putin assegurou que o Banco Central da Rússia tem a sua disposição suficientes ferramentas para assegurar a estabilidade financeira no país.

O presidente russo assinalou que a introdução do controle da inflação e da oscilação livre de divisas não implica a renúncia total à intervenção (do regulador financeiro).

Putin repercutiu assim algumas informações divulgadas por vários meios de imprensa russos e estrangeiros sobre o fato de a Rússia trazer o objetivo de introduzir restrições sobre divisas e circulação de capitais, algo que também foi desmentido pelo emissor do país.

O presidente russo deixou claro que a inflação em 2014 subirá para cerca de 8% "o que na realidade supera os índices do ano passado", quando foi de 6,5%.

Além disso, ele prometeu apoio estatal às entidades que sofreram com as sanções econômicas ocidentais.

"O Estado está disposto a prestar socorro àqueles setores e empresas que tropeçaram com as sanções exteriores sem motivo", disse.

Putin também pediu ao Parlamento russo para aprovar o mais breve possível os projetos de lei para melhorar o clima de investimentos que estão pendentes e que - disse - são cerca de 30.

Entre as prioridades em matéria de cooperação exterior o chefe do Kremlin destacou os países do Brics (formado além da Rússia por Brasil, China, Índia e África do Sul), assim como a América Latina.

O discurso de Putin veio depois das advertências do ministro da Economia russo, Alexei Uliukaev, que disse hoje que a situação econômica da Rússia é "perigosamente explosiva" pela combinação de um crescimento anualizado de apenas 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma inflação de 8,1% na data de hoje.

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