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Putin garante que Rússia não participa de ciberataques

O presidente também se mostrou convencido de que "nenhum hacker pode influenciar de maneira decisiva o andamento da campanha eleitoral em outro país"

Vladimir Putin: no entanto, ele admitiu a possibilidade de que existam hackers que se considerem patriotas (Sergei Savostyanov/TASS/Host Photo Agency/Pool/Reuters)

Vladimir Putin: no entanto, ele admitiu a possibilidade de que existam hackers que se considerem patriotas (Sergei Savostyanov/TASS/Host Photo Agency/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de junho de 2017 às 09h46.

São Petersburgo - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, frisou nesta quinta-feira que o Estado russo não participa de atividades de pirataria cibernética, ao mesmo tempo em que enfatizou que, em todo caso, os hackers não podem influenciar os resultados de algumas eleições.

"Nós não nos dedicamos a isso (a pirataria cibernética) em nível estatal e não temos intenção de fazê-lo. Ao contrário, nos dedicamos a combatê-la por todos os meios dentro do país", disse Putin em uma entrevista com os presidentes de dez grandes agências de notícias, entre elas a Agência Efe.

Putin se mostrou "profundamente convencido" de que "nenhum hacker pode influenciar de maneira decisiva o andamento da campanha eleitoral em outro país".

"Não tem nenhum efeito, nem na consciência dos votantes, nem na do povo. Nenhuma informação tem influência nos resultados finais" de algumas eleições, enfatizou o líder russo em resposta a uma pergunta sobre a possível interferência de seu país nas eleições alemães.

O chefe do Kremlin sugeriu que alguém poderia desenvolver "especialmente uma série de ataques" de forma que possa parecer "que o território da Federação Russa é a origem" dos mesmos. "A tecnologia moderna permite isto", acrescentou o chefe de Estado.

Putin destacou que "os hackers podem sair de qualquer lugar do mundo" e admitiu a possibilidade de que existam hackers que se considerem patriotas e que decidam "fazer sua contribuição, da forma que consideram oportuno, para a luta contra aqueles que falem mal da Rússia".

"Teoricamente, isso é possível", disse Putin, que já tachou de "ficção" as acusações de ataques cibernéticos russos para influenciar os resultados eleitorais após se reunir esta semana em Paris com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Em relação às eleições na Alemanha, Putin destacou que não importa para Moscou quem dirigirá esse país e acrescentou que conhece a chanceler Angela Merkel há um bom tempo e que mantém tanto discrepâncias como pontos de vista em comum com ela.

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