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Putin é grande favorito à vitória nas eleições da Rússia

O candidato governista, que já exerceu o cargo de presidente entre 2000 e 2008, se mostrou convencido de que conta com o apoio da maioria dos russos

Segundo as últimas pesquisas, Putin ganhará as eleições no primeiro turno com 66% dos votos, segundo o Centro Levada (Yana Lapikova/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2012 às 13h53.

Moscou - O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, parte em poucas horas para o encerramento da campanha eleitoral como grande favorito à vitória no primeiro turno das eleições presidenciais deste domingo.

'Nas eleições presidenciais de 4 de março, vocês decidirão em quais mãos pôr o destino da Rússia e o futuro de nossos filhos. Vocês têm a palavra', afirmou Putin nesta sexta-feira em um discurso transmitido pela televisão.

O candidato governista, que já exerceu o cargo de presidente entre 2000 e 2008, se mostrou convencido de que conta com o apoio da maioria dos russos, apesar do país ter sido palco da maior onda de protestos antigovernamentais desde a queda da União Soviética.

'Tenho um número menor de partidários nas grandes cidades, mas continuo contando com o apoio da maioria', disse Putin em declarações à imprensa estrangeira. Em caso de vitória, o político permaneceria no poder até 2018 e poderia repetir o mandato durante outros seis anos.

Segundo as últimas pesquisas, Putin ganhará as eleições no primeiro turno com 66% dos votos, segundo o Centro Levada, ou com o 58,7%, de acordo com a Fundação de Opinião Pública.

Enquanto isso, o líder comunista, Gennady Ziuganov, está na segunda posição com entre 15% e 20% das intenções de voto.

Por outro lado, os outros três candidatos, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski, o multimilionário Mikhail Projorov e o social-democrata Sergei Mironov, não chegam a 10% das intenções de voto.

Apesar disso, os candidatos opositores acreditam que as pesquisas não refletem a realidade e não descartam a possibilidade de um segundo turno.

Putin não titubeou em qualificar como 'uma boa experiência para a Rússia' seus 12 anos no poder e defendeu seu direito de concorrer à presidência, já que a Constituição limita o número de mandatos a dois consecutivos, mas permite repeti-lo após um intervalo.

'Tudo o que fizemos, fizemos juntos. Os resultados positivos são evidentes. Existem conquistas das quais podemos nos orgulhar', destacou.


No entanto, Putin disse que ainda não decidiu se, em caso de vitória no domingo, se candidatará à reeleição em 2018, o que poderia deixá-lo no poder durante os mesmos 25 anos que o ditador soviético Josef Stalin.

O primeiro-ministro negou que as autoridades tenham intenção de reprimir violentamente as possíveis manifestações da oposição, que ameaçaram com protestos indefinidos caso a fraude governista das eleições parlamentares de dezembro se repita.

'Por que deveria fazê-lo? Não sei de onde vêm estes temores. Não planejamos nada. Ao contrário, o presidente Dmitri Medvedev elaborou um pacote de leis para liberalizar nosso sistema político', afirmou.

Além disso, nesta semana o líder russo acusou a oposição não parlamentar de preparar uma falsa fraude governista para deslegitimar as eleições presidenciais do domingo.

'Eles mesmos farão a fraude, a controlarão e a denunciarão', apontou Putin, que insistiu que 'a minoria não tem direito a impor seu ponto de vista à maioria'.

Precisamente, o presidente da Comissão Eleitoral Central, Vladimir Churov, denunciou o surgimento de vídeos na internet sobre falsificações eleitorais antes do início da votação, embora blogueiros independentes tenham atribuído as gravações a um movimento juvenil pró-Kremlin.

A polícia russa já antecipou que reforçará as medidas de segurança em todo o país e que reprimirá com todo o rigor da lei qualquer manifestação opositora não autorizada após as eleições.

Já o prefeito de Moscou, Sergei Sobianin, advertiu que não permitirá a repetição da Revolução Laranja ocorrida em 2004 na Ucrânia, na qual opositores acamparam na Praça da Independência de Kiev para denunciar fraudes até que conseguiram que a votação fosse realizada mais uma vez.

Os comunistas já anteciparam que irão protestar na segunda-feira em frente ao Kremlin, enquanto a oposição não parlamentar recebeu autorização para reunir dezenas de milhares de seus partidários no dia seguinte às eleições na histórica Praça Pushkin.

'Acreditamos que o número de participantes das manifestações cedo ou tarde acabará rachando o poder. Os protestos seguirão enquanto as autoridades não aceitarem nossas reivindicações', declarou Garry Kasparov, dirigente opositor e ex-campeão mundial de xadrez.

Cerca de 110 milhões de eleitores foram convocados às urnas na Rússia, em uma votação que começará às 17h (horário de Brasília) do sábado na península de Kamchatka, no extremo oriente, e terminará no enclave báltico de Kaliningrado às 14h (de Brasília) do domingo.

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Moscou - O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, parte em poucas horas para o encerramento da campanha eleitoral como grande favorito à vitória no primeiro turno das eleições presidenciais deste domingo.

'Nas eleições presidenciais de 4 de março, vocês decidirão em quais mãos pôr o destino da Rússia e o futuro de nossos filhos. Vocês têm a palavra', afirmou Putin nesta sexta-feira em um discurso transmitido pela televisão.

O candidato governista, que já exerceu o cargo de presidente entre 2000 e 2008, se mostrou convencido de que conta com o apoio da maioria dos russos, apesar do país ter sido palco da maior onda de protestos antigovernamentais desde a queda da União Soviética.

'Tenho um número menor de partidários nas grandes cidades, mas continuo contando com o apoio da maioria', disse Putin em declarações à imprensa estrangeira. Em caso de vitória, o político permaneceria no poder até 2018 e poderia repetir o mandato durante outros seis anos.

Segundo as últimas pesquisas, Putin ganhará as eleições no primeiro turno com 66% dos votos, segundo o Centro Levada, ou com o 58,7%, de acordo com a Fundação de Opinião Pública.

Enquanto isso, o líder comunista, Gennady Ziuganov, está na segunda posição com entre 15% e 20% das intenções de voto.

Por outro lado, os outros três candidatos, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski, o multimilionário Mikhail Projorov e o social-democrata Sergei Mironov, não chegam a 10% das intenções de voto.

Apesar disso, os candidatos opositores acreditam que as pesquisas não refletem a realidade e não descartam a possibilidade de um segundo turno.

Putin não titubeou em qualificar como 'uma boa experiência para a Rússia' seus 12 anos no poder e defendeu seu direito de concorrer à presidência, já que a Constituição limita o número de mandatos a dois consecutivos, mas permite repeti-lo após um intervalo.

'Tudo o que fizemos, fizemos juntos. Os resultados positivos são evidentes. Existem conquistas das quais podemos nos orgulhar', destacou.


No entanto, Putin disse que ainda não decidiu se, em caso de vitória no domingo, se candidatará à reeleição em 2018, o que poderia deixá-lo no poder durante os mesmos 25 anos que o ditador soviético Josef Stalin.

O primeiro-ministro negou que as autoridades tenham intenção de reprimir violentamente as possíveis manifestações da oposição, que ameaçaram com protestos indefinidos caso a fraude governista das eleições parlamentares de dezembro se repita.

'Por que deveria fazê-lo? Não sei de onde vêm estes temores. Não planejamos nada. Ao contrário, o presidente Dmitri Medvedev elaborou um pacote de leis para liberalizar nosso sistema político', afirmou.

Além disso, nesta semana o líder russo acusou a oposição não parlamentar de preparar uma falsa fraude governista para deslegitimar as eleições presidenciais do domingo.

'Eles mesmos farão a fraude, a controlarão e a denunciarão', apontou Putin, que insistiu que 'a minoria não tem direito a impor seu ponto de vista à maioria'.

Precisamente, o presidente da Comissão Eleitoral Central, Vladimir Churov, denunciou o surgimento de vídeos na internet sobre falsificações eleitorais antes do início da votação, embora blogueiros independentes tenham atribuído as gravações a um movimento juvenil pró-Kremlin.

A polícia russa já antecipou que reforçará as medidas de segurança em todo o país e que reprimirá com todo o rigor da lei qualquer manifestação opositora não autorizada após as eleições.

Já o prefeito de Moscou, Sergei Sobianin, advertiu que não permitirá a repetição da Revolução Laranja ocorrida em 2004 na Ucrânia, na qual opositores acamparam na Praça da Independência de Kiev para denunciar fraudes até que conseguiram que a votação fosse realizada mais uma vez.

Os comunistas já anteciparam que irão protestar na segunda-feira em frente ao Kremlin, enquanto a oposição não parlamentar recebeu autorização para reunir dezenas de milhares de seus partidários no dia seguinte às eleições na histórica Praça Pushkin.

'Acreditamos que o número de participantes das manifestações cedo ou tarde acabará rachando o poder. Os protestos seguirão enquanto as autoridades não aceitarem nossas reivindicações', declarou Garry Kasparov, dirigente opositor e ex-campeão mundial de xadrez.

Cerca de 110 milhões de eleitores foram convocados às urnas na Rússia, em uma votação que começará às 17h (horário de Brasília) do sábado na península de Kamchatka, no extremo oriente, e terminará no enclave báltico de Kaliningrado às 14h (de Brasília) do domingo.

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