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Putin: "É difícil dialogar com quem confunde Áustria e Austrália"

Ao falar sobre os Estados Unidos, o presidente russo se referiu a um episódio protagonizado há uma década pelo então presidente George W. Bush

Vladimir Putin: "Pelo visto, esse é o nível de cultura política de determinada parte da elite dominante americana", disse o presidente (Wu Hong/Pool/Reuters)

Vladimir Putin: "Pelo visto, esse é o nível de cultura política de determinada parte da elite dominante americana", disse o presidente (Wu Hong/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 09h44.

Última atualização em 5 de setembro de 2017 às 09h48.

Xiamen - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira na China que é complicado conversar com quem confunde a Áustria com a Austrália, ao se referir ao estado das relações entre seu país e os Estados Unidos, que vive uma nova crise diplomática por conflitos com as suas embaixadas.

"É difícil manter um diálogo com gente que confunde a Áustria com a Austrália. Mas não há nada a fazer. Pelo visto, esse é o nível de cultura política de determinada parte da elite dominante americana", disse Putin em uma entrevista coletiva após o fim da cúpula do Brics.

O presidente russo se referiu assim a um episódio protagonizado há uma década pelo então presidente dos EUA George W. Bush, que confundiu estes dois países pela similaridade fonética.

Putin advertiu que Moscou se reserva ao direito de reduzir em 155 pessoas o quadro de funcionários da embaixada americana em Moscou, mas que "por enquanto" não o fará. "Veremos como se desenvolve a situação", apontou.

"A rigor, se falarmos de total paridade, os EUA não deveriam ter 455 diplomatas em Moscou, mas 155 a menos. De modo que nos reservamos ao direito de tomar uma decisão sobre o número de diplomatas americanos em Moscou", acrescentou.

No último domingo, a Rússia acusou os EUA de "apoderar-se" das suas propriedades diplomáticas após as autoridades americanas decidirem fechar os edifícios do consulado geral da Rússia em San Francisco e do escritório comercial em Washington, que segundo Moscou "são propriedades russas e gozam de imunidade diplomática".

Os EUA tomaram esta decisão em resposta à ordem que Moscou deu em julho de reduzir a presença diplomática americana em seu território.

Moscou, por sua vez, ordenou a redução de diplomatas dos EUA na Rússia em resposta ao novo pacote de sanções econômicas aprovadas pelo Congresso recentemente contra a Rússia pela sua suposta interferência nas eleições presidenciais americanas de 2016.

Putin participou da IX cúpula do grupo de países emergentes Brics na cidade chinesa de Xiamen, junto aos líderes de Brasil, Índia, China e África do Sul, bem como outros cinco governantes de países convidados.

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