Vladimir Putin também mostrou seu lado mordaz e combativo, principalmente ao apoiar a pena imposta às punks feministas da Pussy Riot (Misha Japaridze/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2012 às 14h29.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira que o país pode trabalhar em conjunto com Mitt Romney caso ele seja eleito presidente dos Estados Unidos, mesmo após o candidato do Partido Republicano ter chamado a Rússia de "inimigo geopolítico nº 1" dos EUA.
"Nós vamos trabalhar com qualquer que seja o presidente eleito pelo povo norte-americano. Mas nossos esforços serão eficientes tão somente o quanto nossos parceiros quiserem que seja", disse Putin em entrevista para a emissora Russia Today TV.
Putin expressou preocupação sobre o efeito que uma vitória de Romney teria na disputa entre a Rússia e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sobre a implantação de um escudo antimíssil na Europa. "O sistema de defesa de mísseis vai ser definitivamente apontado para a Rússia" se o republicano for eleito, disse Putin.
Na entrevista, o russo também mostrou seu lado mordaz e combativo, principalmente ao apoiar a pena imposta às punks feministas da Pussy Riot.
Ele também defendeu a posição da Rússia quanto à guerra civil na Síria. O país vêm bloqueando a imposição de mais sanções internacionais contra o regime do presidente Bashar Assad, mas Putin indicou que Moscou já pode ter descartado o líder sírio. "Nós entendemos que a Síria precisa de mudança", disse ele. "Mas isso não significa que deve vir acompanhada de derramamento de sangue". As informações são da Associated Press.