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Putin diz estar pronto para trabalhar com os EUA sob condições adequadas

Perguntado sobre a continuação de Trump na Casa Branca, Putin se limitou a dizer que a decisão "não depende" dos russos

Putin disse que está pronto para cooperar com qualquer presidente que for escolhido pelo povo americano nas eleições de 2020 (Sputnik/Mikhail Klimentyev/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de abril de 2019 às 14h27.

Moscou — O presidente da Rússia, Vladimir Putin , disse nesta terça-feira que está pronto para cooperar com qualquer presidente que for escolhido pelo povo americano nas eleições de 2020, mas só sob "circunstâncias adequadas" para isso.

Durante discurso no V Fórum Internacional do Ártico, Putin indicou que muitas decisões sobre a relação entre os dois países estão "sob pressão", uma referência às turbulências provocadas pelas ações de "política interna" dos EUA, com um governo já focado no pleito de 2020.

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"Uma vez que essa situação se normalize, as perspectivas para uma cooperação bilateral serão abertas em áreas como a luta contra o terrorismo e o desarmamento", afirmou o presidente russo.

"Assim que as condições adequadas forem criadas nos EUA, começaremos a trabalhar", continuou Putin, que não quis se pronunciar sobre uma preferência pela reeleição de Donald Trump.

Perguntado sobre a continuação de Trump na Casa Branca, Putin se limitou a dizer que a decisão "não depende" dos russos.

"Respeitamos a escolha do povo americano e, seja quem for eleito presidente, estaremos prontos para trabalhar com ele", ressaltou.

Para Putin, a situação da política interna nos EUA não melhorou depois da publicação das conclusões do relatório do procurador especial Robert Mueller, que investigava uma suposta conspiração da campanha de Trump com a Rússia.

"Estão buscando novos pretextos para atacar o presidente Trump. Há um elemento de crise no sistema político americano. Os grupos que atacam o presidente legitimamente eleito não estão de acordo com a escolha do povo americano, reduzem o resultado a nada. Isso é um sistema político em crise", criticou Putin, considerando que não há precedentes similares na história dos EUA.

Putin voltou a afirmar que a Rússia não interferiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 e que não houve qualquer conspiração entre o Kremlin e Trump.

Desde o início, o presidente russo afirmou que Mueller não encontraria qualquer prova sobre a conspiração.

O presidente russo também disse que não conhecia Trump quando ele visitou Moscou como empresário e ressaltou que, para a Rússia, a viagem não era na época um "evento importante".

"(A investigação) é completamente sem sentido, feita para o consumo do público interno e que é utilizada como parte das lutas políticas internas nos EUA", criticou Putin.

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