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Putin dá a entender que tropas da Coreia da Norte estão na Rússia

O Kremlin inicialmente negou os relatos e tratou como 'notícias falsas'

Russo citou acordo entre os países sobre possível presença militar do parceiro (AFP)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 06h11.

O presidente russo Vladimir Putin deu a entender que soldados norte-coreanos foram enviados para lutar na Rússia contra a Ucrânia. Mais cedo, autoridades de inteligência de Kiev disseram que as tropas do país asiático chegaram à região de Kursk.

A presença deles é um "segredo aberto" desde que o serviço de inteligência da Coreia do Sul divulgou imagens de vídeo de tropas vizinhas treinando no extremo leste da Rússia.

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Questionado sobre essa situação em uma entrevista coletiva na quinta-feira, Putin disse: "Nunca duvidamos de que a liderança norte-coreana leva nossos acordos a sério".

Parceria estratégica

Putin estava se referindo ao artigo 4 de um acordo de parceria estratégica entre Moscou e Pyongyang assinado em junho. Entre outras coisas,o tratado inclui uma cláusula ambígua que prevê assistência mútua se qualquer um dos países for atacado.

“Quanto às nossas relações com a República Popular Democrática da Coreia, como vocês sabem, hoje acho que nosso acordo de parceria estratégica acaba de ser ratificado. Há o artigo 4 lá”, disse Putin. “O que e como faremos é da nossa conta dentro da estrutura deste artigo”, ele acrescentou.

Segundo o Financial Time s, espera-se que os soldados lutem contra as forças ucranianas que lançaram com sucesso uma incursão na região de Kursk em agosto - foi mais uma tentativa de enfraquecer os esforços militares russos para tomar mais território no leste da Ucrânia.

Autoridades de inteligência sul-coreanas estimam que 12.000 militares norte-coreanos estejam agora na Rússia.

O Kremlin inicialmente negou relatos sobre soldados norte-coreanos sendo enviados para a Rússia como “notícias falsas”.

As tropas foram disfarçadas como minorias étnicas asiáticas do extremo leste da Rússia. Foi o primeiro uso de soldados estrangeiros no país desde a invasão em larga escala da Ucrânia por Moscou em 2022.

Pyongyang já havia fornecido à Rússia munições de artilharia e outras armas, como mísseis balísticos KN-23, que foram acompanhados por oficiais norte-coreanos enviados para supervisionar seu uso no campo de batalha.

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