Exame Logo

Putin afirma que Assad está disposto a compromisso e diálogo

Putin ressaltou que confia "que as autoridades sírias e os opositores apoiarão o processo de paz"

Putin e Assad: "Vemos sua moderação, seu sincero desejo de paz, sua disposição ao compromisso e ao diálogo" (Alexei Druzhinin / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 09h27.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , garantiu nesta quinta-feira que o líder sírio, Bashar al Assad , está disposto ao diálogo e ao compromisso nas negociações para o fim do conflito na Síria.

"Quero destacar a postura de Assad. Vemos sua moderação, seu sincero desejo de paz, sua disposição ao compromisso e ao diálogo", disse Putin no Kremlin durante a cerimônia de entrega de medalhas aos militares russos que serviram no país árabe.

Putin ressaltou que "a escalada militar" não é a opção preferida pela Rússia, e que confia "que as autoridades sírias e os opositores apoiarão o processo de paz".

Por sua vez, destacou que sua decisão de começar a retirar o grosso das tropas russas foi feita de comum acordo com Assad, que tinha solicitado no final de setembro o desdobramento de tropas russas para combater o Estado Islâmico.

"O próprio fato da retirada do grosso de nossas forças, para as recém iniciadas negociações para a regulação do conflito sírio em Genebra já é um grande e positivo sinal. Tenho certeza que todas as partes no conflito avaliarão em sua justa medida", disse.

Putin destacou que neste momento o exército sírio está perfeitamente capacitado para lançar uma nova ofensiva e expulsar os terroristas de seu território.

"Atualmente, o exército sírio está capacitado não só para conter os terroristas, mas para lançar contra eles uma bem-sucedida ofensiva", disse.

Putin recalcou que "as Forças Armadas sírias tomaram a iniciativa e continuam limpando seu território de grupos terroristas" e avaliou que, "em breve as forças patrióticas conseguirão novos sucessos na luta contra o terrorismo".

Ao mesmo tempo, advertiu que, caso seja necessário, a Rússia pode "literalmente em questão de horas ampliar sua presença militar na região de acordo com a magnitude da ameaça e utilizar todo o arsenal à nossa disposição".

"Não que eu gostaria de ter de fazê-lo", ao destacar que as forças que a Rússia mantém na Síria - no aeroporto de Khemeimim (Latakia) e no porto de Tartus - são suficientes para garantir o cumprimento do cessar-fogo, em vigor desde o final de fevereiro.

Além disso, lembrou que a Rússia continua a colaborar com Damasco na luta contra o EI, a Frente al Nusra e outros grupos terroristas, como definido pelo Conselho de Segurança da ONU.

Desde que começou a operação aérea contra o Estado Islâmico no final de setembro, a Rússia exibiu "liderança, vontade e responsabilidade indiscutíveis", acrescentou o presidente russo.

Internamente, com os atuais problemas orçamentários do país devido à recessão econômica, Putin estimou em 33 bilhões de rublos (cerca de R$ 1,8 bilhão) o custo até agora da campanha aérea russa na Síria.

"Certamente, a operação militar na Síria exigiu certas despesas, mas a maioria são recursos do Ministério da Defesa, que já tinham sido incluídos no orçamento de 2015 para manobras e adestramento militar", disse.

Fontes do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Rússia citadas pelo jornal "Kommersant" indicaram que permaneceram na Síria pelo menos quatro caças-bombardeiros SU-35, uma dezena de helicópteros, carros de combate T-90S, transportes blindados e sistemas de defesa antiaérea.

Veja também

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , garantiu nesta quinta-feira que o líder sírio, Bashar al Assad , está disposto ao diálogo e ao compromisso nas negociações para o fim do conflito na Síria.

"Quero destacar a postura de Assad. Vemos sua moderação, seu sincero desejo de paz, sua disposição ao compromisso e ao diálogo", disse Putin no Kremlin durante a cerimônia de entrega de medalhas aos militares russos que serviram no país árabe.

Putin ressaltou que "a escalada militar" não é a opção preferida pela Rússia, e que confia "que as autoridades sírias e os opositores apoiarão o processo de paz".

Por sua vez, destacou que sua decisão de começar a retirar o grosso das tropas russas foi feita de comum acordo com Assad, que tinha solicitado no final de setembro o desdobramento de tropas russas para combater o Estado Islâmico.

"O próprio fato da retirada do grosso de nossas forças, para as recém iniciadas negociações para a regulação do conflito sírio em Genebra já é um grande e positivo sinal. Tenho certeza que todas as partes no conflito avaliarão em sua justa medida", disse.

Putin destacou que neste momento o exército sírio está perfeitamente capacitado para lançar uma nova ofensiva e expulsar os terroristas de seu território.

"Atualmente, o exército sírio está capacitado não só para conter os terroristas, mas para lançar contra eles uma bem-sucedida ofensiva", disse.

Putin recalcou que "as Forças Armadas sírias tomaram a iniciativa e continuam limpando seu território de grupos terroristas" e avaliou que, "em breve as forças patrióticas conseguirão novos sucessos na luta contra o terrorismo".

Ao mesmo tempo, advertiu que, caso seja necessário, a Rússia pode "literalmente em questão de horas ampliar sua presença militar na região de acordo com a magnitude da ameaça e utilizar todo o arsenal à nossa disposição".

"Não que eu gostaria de ter de fazê-lo", ao destacar que as forças que a Rússia mantém na Síria - no aeroporto de Khemeimim (Latakia) e no porto de Tartus - são suficientes para garantir o cumprimento do cessar-fogo, em vigor desde o final de fevereiro.

Além disso, lembrou que a Rússia continua a colaborar com Damasco na luta contra o EI, a Frente al Nusra e outros grupos terroristas, como definido pelo Conselho de Segurança da ONU.

Desde que começou a operação aérea contra o Estado Islâmico no final de setembro, a Rússia exibiu "liderança, vontade e responsabilidade indiscutíveis", acrescentou o presidente russo.

Internamente, com os atuais problemas orçamentários do país devido à recessão econômica, Putin estimou em 33 bilhões de rublos (cerca de R$ 1,8 bilhão) o custo até agora da campanha aérea russa na Síria.

"Certamente, a operação militar na Síria exigiu certas despesas, mas a maioria são recursos do Ministério da Defesa, que já tinham sido incluídos no orçamento de 2015 para manobras e adestramento militar", disse.

Fontes do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Rússia citadas pelo jornal "Kommersant" indicaram que permaneceram na Síria pelo menos quatro caças-bombardeiros SU-35, uma dezena de helicópteros, carros de combate T-90S, transportes blindados e sistemas de defesa antiaérea.

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadNegociaçõesPolíticosSíriaVladimir Putin

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame