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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - Sob o comando do ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), autor das denúncias sobre a existência do mensalão em 2005 que abalaram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PTB sacramenta, no sábado, o apoio formal a José Serra (PSDB) na disputa presidencial. O tucano discursará na convenção da sigla, em São Paulo.
Mesmo com o PTB na coalizão, contudo, sua rival do PT, Dilma Rousseff, ainda disporá de maior tempo na TV durante o horário eleitoral gratuito. O PT ainda alimenta esperanças de uma aliança formal com o PP, o que se tornou mais factível depois de descartada a inclusão do presidente da legenda, senador Francisco Dornelles (RJ), na chapa tucana como vice de Serra.
"A única certeza que temos é que eles não vão se coligar com o Serra", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra. O PP termina até amanhã novo levantamento sobre preferências dos diretórios regionais na disputa.
Emissários de Dornelles fizeram chegar ao PT a informação de que o partido poderá não realizar uma convenção nacional, para evitar traumas. Mas a cúpula do PT acredita que, se for a voto, o apoio a Dilma é majoritário no PP. "A maioria do partido quer a aliança com Dilma. A tendência é fechar com o PT e deixarmos os Estados livres", afirmou o deputado Mário Negromonte (BA), ex-líder do PP na Câmara.
Sem surpresa
O apoio do PTB ao PSDB já era esperado, mas até então pairavam dúvidas sobre uma adesão formal, dando o tempo de TV a Serra, por conta de dissidências nos Estados e do apoio de importantes dirigentes do partido ao PT. O PTB paulista tomará decisão sobre o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) no dia 26.
O PTB integrou a coalizão de Lula. O ex-deputado José Múcio Monteiro foi ministro das Relações Institucionais. Senadores candidatos a governos estaduais, Gim Argello (DF) e Fernando Collor (AL) vão apoiar a petista. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.