Reunião da executiva do PSDB: presidente do partido quer maior presença nos municípios (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 19h35.
Goiânia - Os sete governadores tucanos, reunidos hoje em Goiás, concluíram que o PSDB tem tudo para voltar à Presidência da República, em 2014, mas não chegaram a um consenso sobre o que fazer para isso. "O PSDB construiu as bases para a economia, a estabilização da moeda, a rede de proteção social e o Brasil conquistou o respeito internacional", disse o governador paranaense Beto Richa, em entrevista coletiva. "O problema é que pecou muito na comunicação com a sociedade", disse ele.
Na segunda parte da reunião, os governadores também avaliaram a imagem do partido, junto à opinião pública. A pesquisa, cujos resultados não foram divulgados, foi apresentada pelo cientista político Antonio Lavareda.
"A imagem é boa, mas poderia ser melhor", disse o governador Richa. "Aparentemente, há programas do PSDB que são consistentes e eficientes", comentou. "Mas, somente agora, estando na oposição, é que podemos observar as nossas falhas e ter oportunidade para corrigi-las".
Os governadores evitaram questões polêmicas. Uma delas, foi a defesa do senador paulista, Aloísio Nunes, preterido pelo programa do PSDB, em São Paulo. "Quem deve responder a esse assunto é o Alckmin", disse Richa. "É um tema partidário e deve ser respondido pelo presidente do PSDB de São Paulo", devolveu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. "Nos próximos dias o Aloísio Nunes vai aparecer no programa nacional do PSDB", anunciou o deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do partido.
Ao final da reunião, os governadores emitiram documento. Seis pontos principais serão a base de uma agenda para discussão com a sociedade e a presidente Dilma Rousseff. Entre eles, estão a "forte concentração" das receitas em poder da União, a necessidade da transparência e combate sistemático à corrupção, a melhoria das ações de saúde e reduzidos repasses do SUS (Sistema Único de Saúde), as perdas decorrentes da desoneração do ICMS sobre as exportações, a repactuação do endividamento dos Estados com a União, adoção do IPCA como índice de correção e redução de juros contratuais.