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Próximo número do Charlie Hebdo terá caricaturas de Maomé

A revista incluirá também charges sobre políticos e religiosos, pois "esse é o espírito do Je suis Charlie", disse advogado da publicação

Cartunista do Charlie Hebdo segura uma capa do jornal e que diz "cem chibatadas se você não estiver morto de rir". (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 10h28.

Paris - O próximo número do semanário satírico francês "Charlie Hebdo", que sairá à venda pela primeira vez após o atentado nesta quarta-feira com uma tiragem de um milhão de exemplares, incluirá caricaturas de Maomé, segundo Richard Malka, advogado do jornal .

Malka afirmou nesta segunda-feira à emissora de rádio "France Info" que a revista incluirá também charges sobre políticos e religiosos, pois "esse é o espírito do "Je suis Charlie"".

"Nunca vamos ceder. Se não, nada disto faria sentido", afirmou o advogado e colaborador do semanário onde dois jihadistas mataram na semana passa 12 pessoas, supostamente em represália pela publicação de caricaturas do profeta do islamismo.

Este atentado, e outros dois posteriores cometidos nos dias 8 e 9 de janeiro por um islamita radical, que deixou cinco pessoas mortas, geraram as maiores manifestações da história da França , com quase quatro milhões de presentes.

A revista "Charlie Hedbo" costuma pôr à venda 60 mil exemplares, mas o número que sairá dentro de dois dias terá uma tiragem de um milhão e será traduzido para 16 idiomas, segundo explicou um de seus desenhistas, Patrick Pelloux.

"Terá uma divulgação excepcional como gesto de vida e de sobrevivência", afirmou o advogado. Um redator do semanário, Gérard Biard, explicou à emissora que o desejo não é fazer um "número necrológico".

Para Malka, o lema popularizado após os atentados, "Je suis Charlie", é "um estado de espírito, que também defende o direito à blasfêmia" e, portanto, "evidentemente" o novo número do semanário incluirá caricaturas de Maomé.

"O humor sem rir de si mesmo não é humor. Nós rimos de nós mesmos, dos políticos, das religiões; é um estado de espírito", concluiu.

O atentado do dia 7 de janeiro matou oito jornalistas do "Charlie Hebdo", entre eles seu diretor, Charb, e quatro dos mais conhecidos caricaturistas da França.

Os membros restantes da redação se refugiaram nos escritórios do jornal "Libération" para continuar com seu trabalho, protegidos por um forte aparato de segurança.

O jornal "Le Monde" forneceu cinco computadores e equipamentos eletrônicos para que o "Charlie Hebdo" volte a publicar suas edições.

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Malka afirmou nesta segunda-feira à emissora de rádio "France Info" que a revista incluirá também charges sobre políticos e religiosos, pois "esse é o espírito do "Je suis Charlie"".

"Nunca vamos ceder. Se não, nada disto faria sentido", afirmou o advogado e colaborador do semanário onde dois jihadistas mataram na semana passa 12 pessoas, supostamente em represália pela publicação de caricaturas do profeta do islamismo.

Este atentado, e outros dois posteriores cometidos nos dias 8 e 9 de janeiro por um islamita radical, que deixou cinco pessoas mortas, geraram as maiores manifestações da história da França , com quase quatro milhões de presentes.

A revista "Charlie Hedbo" costuma pôr à venda 60 mil exemplares, mas o número que sairá dentro de dois dias terá uma tiragem de um milhão e será traduzido para 16 idiomas, segundo explicou um de seus desenhistas, Patrick Pelloux.

"Terá uma divulgação excepcional como gesto de vida e de sobrevivência", afirmou o advogado. Um redator do semanário, Gérard Biard, explicou à emissora que o desejo não é fazer um "número necrológico".

Para Malka, o lema popularizado após os atentados, "Je suis Charlie", é "um estado de espírito, que também defende o direito à blasfêmia" e, portanto, "evidentemente" o novo número do semanário incluirá caricaturas de Maomé.

"O humor sem rir de si mesmo não é humor. Nós rimos de nós mesmos, dos políticos, das religiões; é um estado de espírito", concluiu.

O atentado do dia 7 de janeiro matou oito jornalistas do "Charlie Hebdo", entre eles seu diretor, Charb, e quatro dos mais conhecidos caricaturistas da França.

Os membros restantes da redação se refugiaram nos escritórios do jornal "Libération" para continuar com seu trabalho, protegidos por um forte aparato de segurança.

O jornal "Le Monde" forneceu cinco computadores e equipamentos eletrônicos para que o "Charlie Hebdo" volte a publicar suas edições.

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