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Província canadense de Quebec desiste de aplicar imposto aos não vacinados

Francois Leegault, primeiro-ministro da província francófona, afirmou durante coletiva de imprensa que a medida dividiu profundamente os quebequenses

Vacina contra coronavírus. (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

Vacina contra coronavírus. (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 21h14.

A província canadense de Quebec anunciou nesta terça-feira (1) que vai desistir de aplicar seus planos de impor um novo imposto a quem não estiver vacinado contra a covid-19, após uma rejeição pública da proposta.

Francois Leegault, primeiro-ministro da província francófona, afirmou durante coletiva de imprensa que a medida dividiu profundamente os quebequenses.

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"Para levar Quebec para um clima de calma social, anuncio que o governo não vai aplicar esta lei sobre a contribuição sanitária", declarou.

A ideia de um imposto foi revelada em 11 de janeiro e pretendia incentivar os 10% da população que ainda não foram vacinados contra o coronavírus a fazê-lo.

Legault lamentou que metade de todos os pacientes com covid-19 em unidades de terapia intensiva dos hospitais da província fosse de não vacinados, o que representa uma sobrecarga aos recursos sanitários.

Esta não é a primeira vez que o governo de Quebec volta atrás de medidas públicas de saúde orientadas a deter a propagação do coronavírus.

Autoridades da província já tinham  descartado a vacinação obrigatória de todos os trabalhadores de saúde no ano passado, temendo que levaria à demissão de milhares de enfermeiras, piorando uma já severa escassez de pessoal no setor.

Quebec anunciou, ainda, um relaxamento na quinta-feira das restrições públicas nos esportes e nas atividades culturais a partir de meados de fevereiro, depois de se alinhar com a província de Ontário na reabertura de restaurantes com salões internos, limitando o número de frequentadores.

Mais de 80% dos canadenses de cinco anos ou mais estão completamente vacinados contra a covid-19 e cerca de 40% tomaram a dose de reforço, segundo dados oficiais.

"Não é suficiente", comentou Legault, acrescentando que espera ver as  taxas de vacinação subirem nas próximas semanas.

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