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Protestos freiam proibição total de aborto na Polônia

A mobilização das mulheres polonesas "nos fez pensar e foi uma lição de humildade", explicou o vice-primeiro-ministro da Polônia, Jaroslaw Gowin

Protesto: milhares de mulheres saíram à rua para protestar contra a possível proibição do aborto (Kacper Pempel/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2016 às 15h26.

Varsóvia - O vice-primeiro-ministro da Polônia , Jaroslaw Gowin, reconheceu nesta quarta-feira que os protestos maciços das mulheres de segunda-feira contra a proibição total do aborto fizeram seu partido refletir, e afirmou que o parlamento não aprovará a proibição total do aborto.

Gowin, que também é titular de Cultura, disse à "rádio Koszalin" que após as manifestações das mulheres "não será aprovado um projeto de lei que proíba o aborto nos casos em que a mulher seja vítima de estupro ou quando sua vida ou sua saúde correrem perigo".

A mobilização das mulheres polonesas "nos fez pensar e foi uma lição de humildade, (...) avaliamos a importância destes protestos e a boa intenção de grande parte dos que protestaram", explicou.

Os comentários parecem indicar que o partido governante Lei e Justiça retirou seu apoio à iniciativa popular que, com cerca de 500 mil assinaturas, procura a proibição total do aborto na Polônia.

A iniciativa, que incluía penas de prisão para as mulheres que interrompessem voluntariamente a gravidez, foi admitida a trâmite parlamentar em 23 de setembro.

Hoje mesmo, o presidente do Senado, Stanislaw Karczewski, garantiu que "serão levados em conta os protestos de segunda-feira passada", e informou que a comissão de trabalho sobre o projeto de lei não iniciará por enquanto sua atividade, à espera do o parlamento vai fazer, onde a comissão correspondente deve começar a estudar hoje o texto.

Na segunda-feira passada milhares de mulheres saíram à rua nas principais cidades polonesas para protestar contra a possível proibição do aborto.

Coletivos feministas e pró direitos humanos tinham convocado as polonesas a uma greve geral para expressar rejeição à modificação da atual lei do aborto.

A legislação vigente, que data de 1993 e é considerada uma das mais restritivas da Europa, só permite a interrupção da gravidez em caso de estupro ou incesto, quando representa um risco para a saúde da mãe e quando o feto apresenta más-formações graves.

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Varsóvia - O vice-primeiro-ministro da Polônia , Jaroslaw Gowin, reconheceu nesta quarta-feira que os protestos maciços das mulheres de segunda-feira contra a proibição total do aborto fizeram seu partido refletir, e afirmou que o parlamento não aprovará a proibição total do aborto.

Gowin, que também é titular de Cultura, disse à "rádio Koszalin" que após as manifestações das mulheres "não será aprovado um projeto de lei que proíba o aborto nos casos em que a mulher seja vítima de estupro ou quando sua vida ou sua saúde correrem perigo".

A mobilização das mulheres polonesas "nos fez pensar e foi uma lição de humildade, (...) avaliamos a importância destes protestos e a boa intenção de grande parte dos que protestaram", explicou.

Os comentários parecem indicar que o partido governante Lei e Justiça retirou seu apoio à iniciativa popular que, com cerca de 500 mil assinaturas, procura a proibição total do aborto na Polônia.

A iniciativa, que incluía penas de prisão para as mulheres que interrompessem voluntariamente a gravidez, foi admitida a trâmite parlamentar em 23 de setembro.

Hoje mesmo, o presidente do Senado, Stanislaw Karczewski, garantiu que "serão levados em conta os protestos de segunda-feira passada", e informou que a comissão de trabalho sobre o projeto de lei não iniciará por enquanto sua atividade, à espera do o parlamento vai fazer, onde a comissão correspondente deve começar a estudar hoje o texto.

Na segunda-feira passada milhares de mulheres saíram à rua nas principais cidades polonesas para protestar contra a possível proibição do aborto.

Coletivos feministas e pró direitos humanos tinham convocado as polonesas a uma greve geral para expressar rejeição à modificação da atual lei do aborto.

A legislação vigente, que data de 1993 e é considerada uma das mais restritivas da Europa, só permite a interrupção da gravidez em caso de estupro ou incesto, quando representa um risco para a saúde da mãe e quando o feto apresenta más-formações graves.

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