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Protestos após cassação da presidente sul-coreana deixam 2 mortos

Um dos mortos é um idoso de 72 anos, que morreu a caminho ao hospital por causa dos ferimentos que sofreu na cabeça

Protesto: após divulgação do veredito, policiais e manifestantes entraram em confronto (Yonhap/Reuters)

Protesto: após divulgação do veredito, policiais e manifestantes entraram em confronto (Yonhap/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de março de 2017 às 06h50.

Seul - Pelo menos duas pessoas morreram nesta sexta-feira enquanto participavam das manifestações em Seul, em protesto pela cassação da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, segundo informações da polícia para a agência de notícias "Yonhap".

Um dos mortos é um idoso de 72 anos, que morreu a caminho ao hospital por causa dos ferimentos que sofreu na cabeça, de acordo com informações das forças de segurança.

O homem foi encontrado inconsciente perto da sede do Tribunal Constitucional, cujos membros ratificaram hoje o impeachment da presidente Park aprovada pelo parlamento devido sua ligação com o caso de corrupção da "Rasputina".

O segundo morto é um homem de 60 anos que também foi encontrado inconsciente próximo ao tribunal.

A polícia afirma que há outros dois feridos, enquanto os organizadores da manifestação pró-Park disseram à "Yonhap" que pelo menos oito manifestantes sofreram lesões.

Após a leitura do veredicto começaram violentos confrontos entre a polícia e os partidários da agora ex-presidente sul-coreana, na frente da sede do tribunal e nas proximidades da Avenida Sejong.

Mais de 21,6 mil agentes isolam a máxima instância judicial sul-coreana, a Casa Azul, a sede da presidência e outros edifícios governamentais da capital por causa das manifestações contrárias e favoráveis a Park convocadas para hoje.

Com a cassação, Park, que os promotores consideram suspeita no caso, perdeu sua imunidade e a Coreia do Sul é obrigada a realizar novas eleições presidenciais em até 60 dias.

O veredicto de hoje representa a primeira destituição de um chefe de Estado e a primeira antecipação do pleito na Coreia do Sul, desde que o país voltou a realizar eleições democráticas em 1987 após o mandato de duas juntas militares (uma das quais liderou o general Park Chung-hee, pai de Park Geun-hye).

A maioria dos sul-coreanos mostrou ser favor a cassação de Park, segundo diversas pesquisas divulgadas.

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