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Protestos a favor e contra governo da Venezuela somam 22 mortes

A vítima mais recente foi Jesús Sulbarán, funcionário do governo de Mérida, atingido por um disparo de arma de fogo

Protestos na Venezuela: dezenas de milhares de pessoas protestaram em Caracas hoje, na parte leste da principal avenida da capital venezuelana (Christian Veron/Reuters)

Protestos na Venezuela: dezenas de milhares de pessoas protestaram em Caracas hoje, na parte leste da principal avenida da capital venezuelana (Christian Veron/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 21h23.

Caracas - Os protestos desta segunda-feira em Caracas e outras cidades da Venezuela deixaram mais um morto, elevando para 22 o número de mortos durante as manifestações das últimas três semanas no país.

A vítima mais recente foi Jesús Sulbarán, funcionário do governo de Mérida, atingido por um disparo de arma de fogo. Sulbarán fazia parte de uma marcha realizada pelos governistas a favor do presidente Nicolás Maduro.

Outras quatro pessoas foram feridas também por disparos em Mérida, capital do Estado homônimo, segundo o defensor público Tarek William Saab, que falou ao canal de notícias Globovisión.

No mesmo local, um jovem universitário foi ferido na cabeça por disparo de arma de fogo durante uma manifestação contra o governo atacada por supostos seguidores armados do governo, de grupos conhecidos como "coletivos", segundo o presidente do Colégio de Médicos de Mérida, Alexis Torres.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram em Caracas, na parte leste da principal avenida da capital venezuelana.

O protesto durou mais de sete horas e teve episódios isolados de violência. Os manifestantes queimaram dois veículos da corporação estatal elétrica.

Vice-presidente do partido governista, o deputado Diosdado Cabello descartou na tarde desta segunda-feira a possibilidade de eleição geral antecipada.

"Nicolás não se vai, mas a direita não vai voltar nunca mais a governar este país", disse. No domingo, Maduro afirmou que não se renderá "ante as forças da oligarquia" e pediu que os adversários retomem o diálogo paralisado desde dezembro.

Fonte: Associated Press.

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