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Protesto leva a confronto entre manifestantes e policiais na Líbia

Manifestantes pediam a libertação de um militante dos direitos humanos e foram dispersados pelas forças policiais

Protesto no Líbano pela libertação de Fathi Tarbel: enfrentamentos deixaram 14 feridos (Mahmud Turkia/AFP)

Protesto no Líbano pela libertação de Fathi Tarbel: enfrentamentos deixaram 14 feridos (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h29.

Trípoli - As forças policiais da Líbia dispersaram pela força nesta quarta-feira várias centenas de manifestantes que reivindicavam diante de uma delegacia a libertação de um militante de direitos humanos detido na cidade de Benghazi, informou a imprensa local.

De acordo com a edição digital do diário líbio "Quryna", a Polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes e deixaram 14 feridos nos enfrentamentos.

Familiares dos presos mortos em 1996 em um tiroteio na prisão de Abu Salim, em Trípoli, se concentraram em frente a uma delegacia de Benghazi para reivindicar a libertação do advogado Fathi Tarbel, coordenador do movimento, informou o diário "Al Manara".

As famílias dos presos mortos em Abu Salim, cerca de 1.200 de acordo com a organização Human Rights Watch (HRW), são em sua maioria originárias de Benghazi, a segunda maior cidade do país.

Tarbel foi libertado na terça-feira após a pressão das famílias, indicou o diário "Quryna", ligado a Seif el-Islam, filho do líder líbio, Muammar Kadafi.

Apesar da libertação do advogado, os protestos continuaram e outros cidadãos se somaram à concentração em frente à delegacia de Benghazi, gritando palavras de ordem contra o regime líbio.

Posteriormente, a emissora de TV estatal divulgou imagens de centenas de manifestantes a favor do regime em Benghazi e em cidades como Sirte, Seba e Trípoli.

Esses manifestantes carregavam grandes fotos de Kadafi e bandeiras da Líbia e gritavam palavras de ordem a favor do líder.

Tanto a concentração de Benghazi como as manifestações a favor de Kadafi acontecem às vésperas de uma jornada de protestos contra o regime convocada para a quinta-feira por cerca de nove mil internautas líbios nas redes sociais virtuais.

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