Protesto em Ramala contra "genocío" em Gaza deixa dois morto
Convocada através das redes sociais e nas mesquitas, e em um dia especial no calendário muçulmano, participantes foram até fronteira com Jerusalém
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2014 às 20h13.
Ramala (Cisjordânia) - Pelo menos uma pessoa morreu e três mais ficaram feridas durante um grande protesto em Ramala contra "o genocídio em Gaza " e para prestar solidariedade aos palestinos.
Dois dos feridos foram atingidos na cabeça perto do posto de controle de Qalandia e tiveram que ser internados no hospital em estado grave, informou a agência de notícias palestina "Wafa".
Convocada através das redes sociais e nas mesquitas, e em um dia especial no calendário muçulmano - em que é celebrada a Noite do Destino, quando O Corão foi revelado ao profeta Maomé -, os participantes saíram do campo de refugiados de Al Amari, em direção à passagem de Qalandia.
Este posto de fronteira, aberto no muro que separa a Cisjordânia dos bairros de Jerusalém Oriental, está tomado pelas forças israelenses, que colocaram blocos de concreto e restringiram o trânsito.
Manifestações semelhantes aconteceram em Nazaré, em Israel , mas com maioria árabe e inclusive na própria Jerusalém Oriental. O grupo exige o fim do que considera "o genocídio dos palestinos de Gaza", o levantamento do bloqueio econômico e o assédio militar israelense à Faixa e a abertura da passagem na fronteira de Rafah, que une a Faixa ao Egito e constitui a única porta de saída de Gaza ao mundo.
Segundo números oficiais, 750 palestinos morreram em Gaza - civis na maioria -, e mais de quatro mil ficaram feridos desde que o governo israelense ordenou a ofensiva militar em 8 de julho. O número triplicou há uma semana quando as tropas israelenses empreenderam uma ofensiva terrestre na Faixa, na qual 33 soldados morreram.