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Protesto contra Wall Street se espalha pelos EUA

Manifestação que começou em Nova York já chegou a outras cidades americanas

Protesto em Nova York: manifestação já se espalhou também para Boston, Chicago, Los Angeles e Washington (Spencer Platt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 16h31.

Nova York - O protesto contra o corporativismo de Wall Street entrou em sua terceira semana sem perder força, e inclusive se estendeu a outras cidades dos Estados Unidos, no âmbito de um movimento que parece próximo à revolta dos "indignados" na Espanha e em outros países da Europa.

Boston, Chicago, Los Angeles, Washington: as mobilizações contra o sistema financeiro, a ganância e os cortes no orçamento federal americano vão surgindo aqui e ali, com uma participação muito diferente.

Em Boston, cerca de 3 mil pessoas participaram de uma passeata no sábado para protestar contra a avareza das corporações e para que os bancos interrompam as execuções hipotecárias, em uma mobilização que terminou com 24 detidos.

Já em Los Angeles apenas 50 pessoas protestavam nesta segunda-feira em apoio à "ocupação" de Wall Street, que começou no dia 17 de setembro e que parecia definhar até receber um impulso publicitário inesperado no fim de semana.

Efetivamente, o que parecia ser mais uma mobilização no sábado terminou com o bloqueio durante duas horas da tradicional ponte do Brooklyn, no sul de Manhattan e não muito longe de Wall Street, e com a prisão de 700 pessoas, a maioria liberada no domingo.

Notícia na imprensa nacional e internacional, os manifestantes buscam agora aproveitar o empurrão e crescer como o fizeram outros movimentos similares, como os "indignados" na Espanha.

Lançado em meados de maio em Madri, este movimento civil do qual participam espanhóis de todas as regiões e níveis sociais e profissionais é uma manifestação que mostra a insatisfação das pessoas comuns com seus líderes políticos e do establishment financeiro.

Sua ação talvez mais visível tenha sido impedir o despejo de pessoas incapazes de pagar sua hipoteca, um dos efeitos reais dos problemas econômicos na Espanha.


No caso da convocação para "ocupar Wall Street", começou com uma convocação do movimento anarquista Adbusters e de outros grupos de esquerda através da internet, e também atraiu ecologistas, ONGs de defesa dos Direitos Humanos, assim como presenças individuais de veteranos de guerra, professores universitários, estudantes.

As razões para se manifestar também são muito diferentes: a rejeição à manutenção das práticas corporativistas em Wall Street, apesar da crise de 2008, os cortes no orçamento federal americano em áreas como a educação, a brutalidade policial, o aquecimento global, etc.

"Cada um tem uma razão e um objetivo diferente para estar aqui", afirma neste sentido Anthony, de 28 anos e participante ativo do protesto em Nova York.

"A única coisa que temos em comum é que somos 99% das pessoas que já não tolerarão a cobiça e a corrupção do 1% (da população)", admite ao site "Occupy Wall Street", que divulga as atividades diárias dos manifestantes.

Se, por enquanto, o movimento "tem uma mensagem positiva" para "fazer com que nossas vozes sejam ouvidas", como afirma outro manifestante, Robert Cammiso, de 49 anos, as coisas podem tomar outra direção rapidamente.

"Se alguém tentar se colocar no meio para restringir nossos direitos, bom, então passaremos a resistir, uma resistência pacífica", adverte o ex-trabalhador da construção.

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Nova York - O protesto contra o corporativismo de Wall Street entrou em sua terceira semana sem perder força, e inclusive se estendeu a outras cidades dos Estados Unidos, no âmbito de um movimento que parece próximo à revolta dos "indignados" na Espanha e em outros países da Europa.

Boston, Chicago, Los Angeles, Washington: as mobilizações contra o sistema financeiro, a ganância e os cortes no orçamento federal americano vão surgindo aqui e ali, com uma participação muito diferente.

Em Boston, cerca de 3 mil pessoas participaram de uma passeata no sábado para protestar contra a avareza das corporações e para que os bancos interrompam as execuções hipotecárias, em uma mobilização que terminou com 24 detidos.

Já em Los Angeles apenas 50 pessoas protestavam nesta segunda-feira em apoio à "ocupação" de Wall Street, que começou no dia 17 de setembro e que parecia definhar até receber um impulso publicitário inesperado no fim de semana.

Efetivamente, o que parecia ser mais uma mobilização no sábado terminou com o bloqueio durante duas horas da tradicional ponte do Brooklyn, no sul de Manhattan e não muito longe de Wall Street, e com a prisão de 700 pessoas, a maioria liberada no domingo.

Notícia na imprensa nacional e internacional, os manifestantes buscam agora aproveitar o empurrão e crescer como o fizeram outros movimentos similares, como os "indignados" na Espanha.

Lançado em meados de maio em Madri, este movimento civil do qual participam espanhóis de todas as regiões e níveis sociais e profissionais é uma manifestação que mostra a insatisfação das pessoas comuns com seus líderes políticos e do establishment financeiro.

Sua ação talvez mais visível tenha sido impedir o despejo de pessoas incapazes de pagar sua hipoteca, um dos efeitos reais dos problemas econômicos na Espanha.


No caso da convocação para "ocupar Wall Street", começou com uma convocação do movimento anarquista Adbusters e de outros grupos de esquerda através da internet, e também atraiu ecologistas, ONGs de defesa dos Direitos Humanos, assim como presenças individuais de veteranos de guerra, professores universitários, estudantes.

As razões para se manifestar também são muito diferentes: a rejeição à manutenção das práticas corporativistas em Wall Street, apesar da crise de 2008, os cortes no orçamento federal americano em áreas como a educação, a brutalidade policial, o aquecimento global, etc.

"Cada um tem uma razão e um objetivo diferente para estar aqui", afirma neste sentido Anthony, de 28 anos e participante ativo do protesto em Nova York.

"A única coisa que temos em comum é que somos 99% das pessoas que já não tolerarão a cobiça e a corrupção do 1% (da população)", admite ao site "Occupy Wall Street", que divulga as atividades diárias dos manifestantes.

Se, por enquanto, o movimento "tem uma mensagem positiva" para "fazer com que nossas vozes sejam ouvidas", como afirma outro manifestante, Robert Cammiso, de 49 anos, as coisas podem tomar outra direção rapidamente.

"Se alguém tentar se colocar no meio para restringir nossos direitos, bom, então passaremos a resistir, uma resistência pacífica", adverte o ex-trabalhador da construção.

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